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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Visita de Dilma a Pernambuco tem ovacionamento, vaias a Paulo Câmara e protestos

Na passagem pela capital pernambucana, a presidente teve encontro com descontentamentos
Foto: Divulgação/Reprodução
Da Folha de Pernambuco
charlesnasci@yahoo.com.br

Em visita a Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff foi ovacionada pelos participantes do Dialoga Brasil nesta sexta-feira (21). Recebida com gritos de "olê, olê, olê olá, Dilma, Dilma…" e "não vai ter golpe", a presidente vai responder a perguntas formuladas previamente pelos presentes. Já o governador do Estado, Paulo Câmara, recebeu uma forte vaia ao chegar ao evento, cujo público é majoritariamente aliado da petista. Vários ministros e secretários de Estado acompanharam o evento. Sempre que o governador foi citado, foi vaiado, ao ponto de o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, chamar a atenção dos presentes. Ainda em seu discurso, Rossetto prestou homenagem ao ex-governador Eduardo Campos. O público primeiro vaiou e, depois, aplaudiu. Em seguida, ao citar a importância do ex-presidente Lula no combate à fome e à pobreza, foi bastante aplaudido.


Na passagem pela capital pernambucana, a presidente passou por situações em que setores da sociedade demonstraram seu descontentamento – ora em relação ao Governo Federal, ora sobre o estadual. Um pequeno grupo de manifestantes do Movimento Vem pra Rua também esteve na frente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) para protestar contra a presidente Dilma Rousseff. Com faixas e segurando cartazes, 10 pessoas condenaram o projeto que trata de desonerações e diziam que aumentaria o desemprego no Norte e no Nordeste do Brasil. Um encontro entre empresários, o governador Paulo Câmara e a presidente Dilma Rousseff aconteceu no local durante parte da tarde.
Foto: Divulgação/Reprodução
Ainda na frente da Fiepe, ocorreu um princípio de tumulto. Um carro do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) se posicionou no cruzamento das avenidas Norte e Cruz Cabugá, atrapalhando o trânsito. Críticos do Governo Paulo Câmara, os sindicalistas, que estão em campanha salarial, cobravam também o rompimento do Estado com a Odebrecht envolvendo a Arena Pernambuco. Segundo eles, o Governo paga "uma fortuna" pelo contrato, "tirando da saúde pública e do transporte". O princípio de tumulto se deu após a intervenção da Polícia Militar. O comandante do 16º Batalhão, tenente-coronel Alexandre Cruz, explicou que os manifestantes não poderiam tirar o direito de ir e vir dos cidadãos. "Eles não podem, de maneira alguma, numa via dessa, um cruzamento tão importante, bloquear da forma que eles estavam querendo. Impedir a circulação das pessoas. Esse foi o ponto que não estávamos concordando. Protestar é um direito. No entanto, esse direito não pode ir de encontro com o direito das outras pessoas", afirmou o comandante.

Mesmo assim, continuaram com discursos, apitos e buzinas. A Polícia Militar, mais uma vez, pediu que desligassem o som. Houve mais um princípio de tumulto. Depois de negociações, os manifestantes cederam. No entanto, pegaram as faixas e as viraram para a avenida. Acabaram recebendo o apoio da população que passava nos ônibus. O evento na Fiepe foi o segundo que a presidente participou em Pernambuco nesta sexta-feira. No início da tarde, ela inaugurou a Estação de Bombeamento 1 do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó, no Sertão do Estado.