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terça-feira, 18 de outubro de 2016

OPINIÃO: Em outrora foram elas e agora é ela: Ana Célia!

Foto: Facebook/Fan Page de Ana Célia Farias
Do SURUBIM NEWS (Luiz Carlos Mota)
charlesnasci@yahoo.com.br

DELAS ATÉ ELA  — Dandara – a guerreira negra e esposa de Zumbi dos Palmares: lutou ferrenhamente contra a escravidão no período colonial durante o Século 17. Maria Quitéria – a heroína militar: batalhou no meio de homens pela Independência do Brasil no Século 19. Chiquinha Gonzaga – a pianista e maestrina: foi a primeira mulher a reger uma orquestra no país e se destacar como compositora. Leolinda Daltro – a professora ativista: era a favor da integração das populações indígenas por meio da educação laica e precursora do feminismo. Celina Guimarães Viana – a professora vanguardista: quebrou um tabu em 5 de abril de 1928, tornando-se a primeira brasileira a votar numa eleição.

Tarsila do Amaral – a desenhista e pintora: inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas e se destacou imensamente no modernismo nacional no Século 20. Carmen Miranda – a cantora e atriz luso-brasileira: com seu jeito irreverente e imponente, fez sucesso no Brasil e nos Estados Unidos, consolidando-se como uma figura icônica. Zilda Arns – a médica pediatra e sanitarista: foi indicada várias vezes ao prêmio Nobel da Paz, pelas suas conquistas sociais, incluindo avanços significativos na diminuição da mortalidade infantil. Maria da Penha – a farmacêutica que ficou paraplégica por conta de agressões sofridas: é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, tendo seu nome se transformado numa Lei em 2006, que estabelece aumento nas punições às agressões sofridas.


Quando uma mulher se notabiliza, contrariando paradigmas patriarcais, torna-se matriz de bons exemplos. Provando com resistência e competência, o quão merece o que alcançou. Ao longo da história, milhões de mulheres sofreram, enfrentando a imposição repressora do machismo. Até então não é fácil. Há abusos, subestimações e desvalorizações, salvo o que mereça ser comemorado. Portanto, por tantos preconceitos superados e outros ainda presentes, vale parabenizar a futura prefeita de Surubim. Que precisa a partir de 2017 governar positivamente. No entanto, também, esfacelar a desconfiança de quem lhe vê ofuscada pelo marido e por um ex-prefeito respaldado, que abraçou sua campanha.

Confira discurso da prefeita eleita comemorando a vitória com uma grande festa no último domingo (16), no Centro de Surubim:

     

Com certeza, a assistente social e política do PSB representa em terras surubinenses um legado de conquistas femininas, permeado através de gerações. Sua responsabilidade é proporcional ao tamanho da comemoração pela candidatura angariada – vide o show animado de ontem com a Banda Eva. Não simplesmente por ser mulher, mas primordialmente pela experiência adquirida em repartições públicas, está chegando a hora de protagonizar com êxito o que almeja há tempos. Pois o desejo de mudança venceu. Dessa maneira – tendo em perspectiva grandiosas mulheres supracitadas e tantas outras não mencionadas –, em outrora foram elas e agora é ela: Ana Célia!