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domingo, 17 de setembro de 2017

DISPUTA: As peças do xadrez eleitoral pernambucano

O tabuleiro político estadual está movimentado, com os políticos buscando o protagonismo em 2018
Fotos: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO (Aline Moura)
charlesnasci@yahoo.com.br

Os principais partidos de Pernambuco já colocaram as peças no tabuleiro para enfrentar a campanha de 2018, mas ainda não há definição de quem vai ser apenas peão ou de quem terá o poder da rainha, capaz de se movimentar para todos os lados - nas colunas, fileiras e diagonal. Um dos jogadores está tão escaldado com as adversidades do caminho que prefere esperar “quem vai restar até 2018”, ou seja, quem vai escapar das denúncias da Lava-Jato, para adotar movimentos mais enérgicos. Contudo, as peças não param. A diferença do jogo de tabuleiro e da política é a quantidade de peças. No xadrez, diferentemente das campanhas, só há dois times e o fator sorte não existe. Nas disputas eleitorais, além da estratégia, há o fator surpresa.

Há observadores que não acreditam no peso das denúncias de corrupção no pleito eleitoral de 2018, porque esse debate não foi tocado na campanha municipal de 2016 no Recife – todos se desarmaram para não serem atingidos por estilhaços. Mas ninguém consegue prever o que vai acontecer daqui em diante. Hoje, existe uma possibilidade de que três candidaturas ao governo sobrevivam até 2018. Os nomes colocados para concorrer ao governo do estado, neste momento, são os do governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), e dos senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB), que poderia ceder o lugar para o filho, o ministro Fernando Filho (PSB).

A vereadora Marília Arraes (PT) também tem sido cogitada, mas a legenda petista quer aguardar mais tempo para analisar melhor o cenário nacional. Os primeiros movimentos mostram quem está mais na retaguarda, quem arrisca e quem quer adiar ao máximo o debate político. Mas ainda não é possível saber quem vai cometer menos erros e contribuir para o xeque-mate do “rei”. No xadrez e na política, o rei não pode ser derrubado.