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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Oposição tem desafio de manter cordialidade em 2022


Da FOLHA DE PERNAMBUCO - Edmar Lyra
charlesnasci@yahoo.com.br

Claramente dividida em três pré-candidaturas a governador, a oposição poderá contribuir para a existência de um segundo turno em 2022, configurando-se na segunda vez em que a disputa para governador de Pernambuco seria definida em duas etapas, a primeira aconteceu em 2006, quando Eduardo Campos acabou vitorioso na segunda etapa.

É provável o lançamento das pré-candidaturas já colocadas do grupo Levanta Pernambuco, que terá Anderson Ferreira ou Raquel Lyra, ao governo de Pernambuco, do grupo Por Pernambuco, que terá Miguel Coelho, e de um nome bolsonarista, que ainda não se sabe quem seria esta opção, mas o Coronel Meira, do PTB, já trabalha com essa perspectiva.

O lançamento de três candidaturas no campo da centro-direita poderá ajudar na realização de dois turnos na disputa do próximo ano, como aconteceu na disputa do Recife no ano passado, porém o que prejudicou a oposição foi a fragmentação em seis candidaturas, e durante a campanha propriamente dita, os ataques mútuos levaram PT e PSB ao segundo turno.

Já é possível perceber uma guerra fria entre os dois grupos da oposição já colocados, que são o que possui Anderson e Raquel, e o liderado por Miguel, quando os três já não falam a mesma língua a meses. É fundamental que interlocutores dos dois grupos possam buscar convergência para que não haja, na campanha propriamente dita, uma autofagia entre os postulantes, mantendo uma relação minimamente cordial. Será através desta relação que haverá alguma chance de vitória em 2022, caso a divergência permaneça, o PSB e a Frente Popular continuarão se beneficiando da falta de sintonia na oposição.