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domingo, 2 de novembro de 2025

Jair Bolsonaro: a vida inteira que podia ter sido

Da GAZETA DO POVO - Paulo Briguet
charlesnasci@yahoo.com.br

"Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. /A vida inteira que podia ter sido e que não foi".

(Manuel Bandeira)


Qual foi o melhor presidente do Brasil desde o início da Nova República, em 1985? A resposta se torna óbvia quando invertemos a lógica tradicional de avaliação e nos perguntamos: quem está sendo perseguido até a morte pelo atual sistema de poder? O nome desse alvo, conhecido por todos, é Jair Bolsonaro.

Bolsonaro, o maior líder popular do país, não é apenas um ex-presidente, mas um refém. Atualmente sob uma prisão domiciliar ilegal e alvo principal da maior farsa jurídica da história do Brasil — a suposta "trama golpista" —, ele é a antítese do que se estabeleceu desde os primórdios da Nova República, em 1985.

Hoje, é evidente que a Nova República representou a tomada do poder por uma elite política pútrida. Essa elite se apossou de toda a estrutura do Estado brasileiro, vampirizando as forças vitais da nação e montando um simulacro de democracia. Por décadas, duas facções da esquerda fingiram oposição, mas, na verdade, representavam o mesmo projeto de poder coletivista e centralizador — um teatro das tesouras que garantia a manutenção da imensa maioria do povo na pobreza e na dependência do Estado.

Com o surgimento de Bolsonaro, essa farsa ficou nítida pela primeira vez. Ele foi o único político brasileiro a ter a coragem de declarar que o rei estava nu e de reconhecer que a esmagadora maioria do povo brasileiro tem valores cristãos e conservadores. Esse mérito ninguém lhe tira. E o que foi visto não pode ser "desvisto": nunca mais o povo votará em Alckmins e Aécios acreditando que eles representam algo de bom.

Da mesma maneira, nunca mais acreditaremos que a mera eleição de um bom presidente é suficiente para vencer um sistema corrompido desde os seus fundamentos. Ao contrário de seus odiadores, Bolsonaro não é bandido, não é assassino, não é amigo de criminosos, não é aliado de narcoditadores, não é ladrão e não é corrupto.

Sua liderança, na verdade, salvou o Brasil da fome e do colapso econômico durante a pandemia, enquanto seus inimigos faziam todos os esforços para impedir o tratamento precoce, aumentar as intubações quase sempre fatais e criar um clima de medo e terror entre a população. Ele entregou o país com a economia em ordem, mesmo após a pior pandemia dos últimos cem anos. Nas estatais e na previdência, que haviam sido destruídas pelo partido que mais elegeu presidentes na Nova República, Bolsonaro recuperou centenas de bilhões em divisas. Esse dinheiro salvou o país com os programas emergenciais.

Mas, acima de tudo, Bolsonaro está sendo perseguido pelo simples fato de ser um homem bom. Uma pessoa que ama o país e respeita as pessoas, apesar de suas eventuais grosserias e frases infelizes, que em nada se comparam ao espetáculo diário de diarreia verbal do atual ocupante da Presidência.

Estive três vezes, por várias horas, com Jair Bolsonaro: em 2017, 2019 e 2022. Nas três ocasiões, encontrei o mesmo homem: bom, emotivo, franco, simples e cheio de amor pelo Brasil. Cometeu erros? Muitos. Fez burrices? Algumas. Confiou em quem não devia? Inúmeras vezes. Mas ele é, sem dúvida, o que tivemos de melhor nestes quarenta anos de escuridão. Deixou-nos a esperança de um dia escapar daquele verso de Manuel Bandeira, talvez a frase mais triste da literatura brasileira: "A vida inteira que podia ter sido e que não foi".