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Este Blog foi o primeiro a divulgar, no início do ano passado, a menção que me foi feita com exclusividade pelo prefeito João Camêlo (PTB) ao nome do seu assessor especial, Carlos Maurício (PSB), lembrando que eu não me esquecesse de também incluir seu nome, a partir daquele momento, sempre que listasse os 'prefeituráveis' que poderiam conquistar sua indicação para concorrer à sua sucessão em 2012. Naquele momento, essa lista era formada por cinco postulantes: Lamartine Leal (PSB), Verônica Geriz (PSB), Walter Borges (PSD), Ivson Barbosa (PSB) e Everaldo Barbosa (PTB). Maurício foi o sexto e último a figurar nela.
Há alguns meses atrás, até falou-se no ingresso de um sétimo nome: o da presidente da Câmara Municipal, Maria Pires (PSD), que teria sido bem avaliada na última das 2 ou 3 misteriosas pesquisas que teriam sido encomendadas pelo prefeito. Mas o vereador Índio (PSD) não. Em nenhum momento ele teve seu nome cogitado a nada que não fosse sua reeleição à Câmara. Quer dizer, em dezembro do ano passado, por ocasião da confraternização natalina promovida pelo Legislativo Municipal no Oasis Camp Club, em Lagoa de Pedra, Índio chegou a pedir que o Blog divulgasse que ele poderia desistir de disputar sua reeleição, como também já haviam anunciado igual intenção seus dois colegas de bancada, Walter e Everaldo.
Ele, que tem no currículo dois mandatos de vereador e duas passagens pela Secretaria de Infra-Estrutura do município, só não quis explicar o que poderia motivar sua decisão, apenas riu, todo sarcástico, e me deixou intrigado.Meses antes, no mês de julho, fotografei ele ao lado de Carlos Maurício pela primeira vez [como o leitor pode conferir na foto acima] durante a comemoração dos 25 anos de trajetória política de Walter Borges, numa grande festa realizada em sua casa, no Diogo, e que contou com a presença do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Num cenário daqueles, com a presença do governador, e também marcado por um inusitado "reencontro" público, seis anos depois, entre dois arquirrivais políticos históricos – do prefeito Joâo Camêlo com a ex-prefeita Rosineide Barbosa, que apesar de ficarem frente a frente um do outro, não se cumprimentaram –, Carlos Maurício e Índio, ao contrário de muitos que ali se encontravam, ávidos para aparecer bem na fita junto de Eduardo, optaram pela discrição e foram vistos o tempo inteiro bem longe dos holofotes.
E só roubaram a cena em fevereiro deste ano, durante o carnaval da cidade, quando este Blog chegou a receber críticas por ter afirmado que Carlos Maurício teria gerado ciumeira entre outros prefeituráveis na ocasião por parecer ter tido o aval do prefeito para desfilar como candidato no evento, coisa que ele fez e muito bem. Mas a principal crítica feita ao Blog em relação às postagens que fiz sobre o assunto, naquela mesma ocasião, foi quando chamei o vereador Índio de "o talismã de Carlos Maurício". Contra fatos, decididamente, não há argumentos!
Final dessa história toda: João primeiro fechou um acordo com a oposição, entregando de "mão beijada" à Rosineide a liderança na condução da própria sucessão e indicou aquele que sempre foi seu candidato preferencial e de coração (e agora já não existem mais dúvidas quanto a isso) para vice, Carlos Maurício. Acabou recuando logo em seguida, por pressão de várias lideranças do seu grupo político, ainda chegou a propor outro nome da sua assessoria especial, no caso o de Jucélio Sales (PTB), para finalmente indicar o vereador Índio e ponto final. O resto dessa história toda, com seus ganhadores e perdedores, a gente só vai saber depois do próximo dia 7 de outubro.