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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A partir de janeiro de 2013, prefeitos administrarão "massas falidas"

Do Blog de magno Martins

charlesnasci@yahoo.com.br

Prefeitos eleitos domingo passado vão administrar verdadeiras massas falidas. Três dias após o pleito, mais de dois mil gestores municipais promoveram uma marcha, ontem, em Brasília, de pires nas mãos, em protesto contra os repasses constitucionais.

Há seis meses, o corte linear do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) chega a mais de 40% e em alguns casos a 50%. Tudo porque, para preservar o País dos efeitos da crise internacional, a presidente Dilma reduziu o IPI para compra de veículos novos de 7% para 0%.

Também baixou o IPI na compra de produtos da linha branca (fogão, máquina de lavar, geladeira) e de móveis. Com isso, o Governo deixará de arrecadar R$ 5,5 bilhões. Esta renúncia fiscal afeta drasticamente os municípios, já que o IPI é um dos impostos que compõem o FPM ao lado do IR.

Em Pernambuco, muitos municípios estão atrasando o pagamento dos servidores e deixando até de repassar o duodécimo da Câmara dos Vereadores, isso sem falar na paralisação de obras e no atraso do pagamento dos fornecedores. Se o quadro, hoje, é dramático, em janeiro, com a chegada dos novos prefeitos, que herdarão grandes passivos, pode vir a ficar ingovernável.