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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Danilo vai escapando do paredão

Foto: Charles Nascimento
Do Blog de Magno Martins
charlesnasci@yahoo.com.br

Numa conversa com a jornalista Roberta Jungmann, no último fim de semana, o governador Eduardo Campos garantiu que o candidato a governador da aliança governista já brinca o Carnaval como tal. Não foi fácil para ele chegar ao nome depois de ter tirado da sua cabeça a preferência pelo secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar.

Não seria exagero concluir que o PSB expôs tantos pré-candidatos que o processo da escolha lembrou um Big Brother, levando muitos deles para o paredão. O primeiro eliminado foi o próprio Tadeu, por motivos que já explicamos aqui. Maurício Rands, ex-deputado federal pelo PT e agora filiado ao PT, não resistiu ao bombardeio e acabou no paredão. Pesou fortemente contra ele a renúncia à vida pública. Eduardo sabe que candidato que começa se explicando está fadado ao insucesso nas urnas.

O ex-ministro Fernando Bezerra (Integração) não passou no teste da fidelidade e foi considerado também muito independente, enquanto o vice-governador João Lyra Neto, segundo passarinhos que cantam nos jardins das Princesas, não estava dentro do perfil da nova política. Por eliminação, restaram apenas os secretários Paulo Câmara (Fazenda) e Danilo Cabral (Cidades), que, curiosamente, a exemplo do prefeito Geraldo Júlio, egressos do Tribunal de Contas do Estado.

Câmara e Danilo estariam, portanto, indo para o paredão, cuja final tem data marcada: sexta-feira. Se tudo der certo, o governador anuncia o candidato na sexta. Até ontem, Danilo levava ampla vantagem em relação ao concorrente Câmara por aliar experiência executiva a excelência de ser detentor de mandato eletivo, no caso deputado federal.

Danilo foi ainda vereador do Recife e antes de ser transferido para a pasta de Cidades, onde está à frente das obras da Copa do Mundo, ocupou a Secretaria de Educação. Danilo teria, portanto, mais traquejo político, mas tanto ele quanto Câmara chegam ao final do Big Brother por gozarem da confiança cega do governador.