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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Seca está mais intensa no Agreste e Sertão pernambucanos

Segundo a Apac, as duas regiões estão em estado mais crítico, se comparadas com janeiro de 2014. Reservatórios de 12 municípios entraram em colapso
No Agreste, a Barragem de Jucazinho, em Surubim, ainda não entrou em colapso, mas tem preocupado pela baixa no volume total que comporta (Foto: Divulgação/Reprodução)
Do JC Online
charlesnasci@yahoo.com.br

A escassez crônica de água tem atingido moradores de várias cidades do Agreste e do Sertão de Pernambuco. Nas duas regiões, a situação atual está bem pior, em comparação ao mês de janeiro do ano passado. A informação é da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), que considera complicada a acumulação hídrica em vários municípios do Estado. Nove deles, segundo a agência, possuem reservatórios em estado de colapso – ou seja, secaram totalmente ou estão com baixos níveis de água. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) também informa que, no Agreste, outras três cidades vivem a mesma situação. Todas estão sendo abastecidas por carros-pipa.

É o quarto ano consecutivo de seca, já sendo considerada a maior dos últimos 50 anos. Em Surubim, Agreste do Estado, está complicada a situação do reservatório Jucazinho, que ainda não entrou em colapso, mas tem preocupado pela baixa no volume total que comporta. "Atualmente, Jucazinho está com apenas 13,7% de sua capacidade, que é de aproximadamente 327 milhões de metros cúbico de água. Em janeiro de 2014, esse percentual era de 33,3%. Essa queda impressiona", diz o analista de recursos hídricos da Apac, César Augusto Mendonça.

Maior barragem do Agreste, ela abastece os municípios de Caruaru, Riacho das Almas, Cumaru, Bezerros, Gravatá, Passira, Surubim, Casinhas, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Toritama e Salgadinho. "Com o volume atual de Jucazinho, é possível chegar até o fim de setembro sem entrar em colapso, mesmo se não chover. É a partir de outubro que a situação pode se complicar", diz o diretor regional da Compesa no Agreste, Leonardo Silva. Na região, ele informa que já entraram em colapso as cidades de Alagoinha, Jataúba e Poção.

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