Pages

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Medo de Dilma é a adesão das ruas

Foto: Google Imagens/Reprodução

Da FOLHA DE PE (Inaldo Sampaio)
charlesnasci@yahoo.com.br

Inteligente, frio e calculista, o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, empurrou com a barriga enquanto pôde o único pedido de impeachment contra a presidente Dilma que tem alguma réstia de legalidade: o que foi subscrito pelos paulistas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal. O pedido se fundamenta na rejeição das contas da presidente relativas ao ano de 2014, que ainda dependem de análise pelo Congresso Nacional.

A rigor, portanto, o suposto crime de responsabilidade só se consumaria se o parecer do TCU for acatado pelos congressistas, o que ainda não aconteceu. Ainda assim, Cunha não poderia levar adiante este processo porque as chamadas “pedaladas fiscais” que ensejaram a rejeição das contas foram praticadas no mandato anterior. Entretanto, legalidade do pedido à parte, o seu deferimento pode desencadear uma pressão das ruas que Dilma Rousseff dificilmente teria condições de controlar.