Artesão reclama da crise econômica em Bezerros, no Agreste de Pernambuco (Foto: Kamylla Lima/ G1) |
charlesnasci@yahoo.com.br
Os preparativos para as festas de Momo não estão animados no ateliê de Anízio Severino da Silva, de 66 anos. Enquanto em 2015 ele produziu 500 máscaras, este ano foram apenas 35. A queda de 93% nas encomendas ele atribue à crise econômica. Com um espaço improvisado no quintal de casa, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, o artesão lamenta a falta de incentivo à categoria. Em 2015, além de vender mais, ele também teve dois trabalhos entre os vencedores no tradicional "Concurso de Papangus" do município. Na competição, são escolhidas as melhores máscaras e fantasias. Em primeiro lugar ficaram as "Negrinhas da Serra" e em segundo uma brincadeira com os petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff - todas as máscaras foram confeccionadas por Anízio.
Os preparativos para as festas de Momo não estão animados no ateliê de Anízio Severino da Silva, de 66 anos. Enquanto em 2015 ele produziu 500 máscaras, este ano foram apenas 35. A queda de 93% nas encomendas ele atribue à crise econômica. Com um espaço improvisado no quintal de casa, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, o artesão lamenta a falta de incentivo à categoria. Em 2015, além de vender mais, ele também teve dois trabalhos entre os vencedores no tradicional "Concurso de Papangus" do município. Na competição, são escolhidas as melhores máscaras e fantasias. Em primeiro lugar ficaram as "Negrinhas da Serra" e em segundo uma brincadeira com os petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff - todas as máscaras foram confeccionadas por Anízio.
Participantes vestidos de Negrinhas da Serra venceram o Concurso dos Papangus (Foto: Divulgação/Ascom Bezerros) |
A dupla conquista não foi suficiente para garantir que em 2016 a situação melhorasse. "Ano passado, nesse tempo, eu já tinha R$ 3 mil vendidos. Esse ano não tem nada. Eu fiz algumas encomendazinhas", afirmou o artesão. Com a proximidade do Carnaval, ele não acredita que o quadro seja revertido, porque, segundo ele, o tempo de produção é fundamental para a criação das máscaras. "A gente cobra mais pela mão de obra do que pela mercadoria. É uma arte e a arte não é como uma fábrica que faz milhões de peças rapidinho. Uma peça demora de um dia a uma semana para ser feita. Tem que ter esmero, porque se fizer uma coisa popular, não tem valor", explicou Anízio.
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