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domingo, 20 de março de 2016

Atos mostram reação, mas não melhoram situação do governo, dizem especialistas

Foto: Anna Tiago / Blog de Jamildo
Do BLOG DE JAMILDO
charlesnasci@yahoo.com.br

Após uma semana conturbada para o governo federal, dezenas milhares de pessoas foram às ruas na última sexta-feira (18) para se manifestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Especialistas avaliam que os atos mostraram uma reação aos protestos anti-Dilma promovidos no último domingo (13), mas ainda não são suficientes para garantir tranquilidade ao governo. Para o professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB) Luis Felipe Miguel, as manifestações preencheram as expectativas do governo e mostraram que ainda há capacidade de mobilização. “Até o momento, como as outras tentativas de colocar gente na rua contra oimpeachment tinham sido frustradas, dava a ideia que o Brasil era a favor do impeachment ou neutro. Agora deu para notar que é diferente”, avaliou, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Miguel, o fato de as manifestações anti impeachment terem sido menores do que os atos contra o governo do último domingo não é relevante. “As manifestações de domingo foram amplamente divulgadas pelos grandes meios de comunicação, havia grandes interesses empresariais. As de ontem não contaram com essa ajuda”, comparou. “Se fosse para fazer esse tipo de contagem, a correta seria a eleição.” O cientista político Waldir Pucci, coordenador do curso de Direito do Centro Universitário do Distrito Federal, diz que as manifestações mostram que Dilma ainda tem apoio. “É diferente da situação de Fernando Collor, havia uma unanimidade pela saída do ex-presidente. Tem uma parcela da sociedade que apoia sim Dilma”.