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sábado, 26 de novembro de 2016

OPINIÃO: Governo Paulo Câmara vai ficando mais pobre

Foto: Google Imagens/Reprodução
Da FOLHA DE PERNAMBUCO (Inaldo Sampaio)
charlesnasci@yahoo.com.br

Já é conhecida dos pernambucanos a inapetência do governador Paulo Câmara para tentar se tornar um líder político estadual e regional. É como se a sombra do ex-governador Eduardo Campos ainda pairasse no Palácio das Princesas, inibindo os passos dos seus atuais ocupantes. Devido a esse vácuo que se criou, o governador deveria ter mais zelo pelo "núcleo político" do seu governo, ou seja, por aquelas pessoas que o cercam e são do ramo, mas não é isso o que acontece.

No período de apenas três meses, deixaram o governo os deputados Danilo Cabral e André de Paula, o ex-presidente do Lafepe Luciano Vasquez e o procurador Thiago Norões. Quadros políticos como esses não são formados do dia para a noite. São gestados no processo. E independente da motivação que cada um tenha tido para deixar o governo, ele vai ficando politicamente mais pobre, o que é ruim não apenas para o governador mas para Pernambuco.

Conflito com a Casa Civil

Thiago Norões já dava sinais há 30 dias de iria sair do governo Paulo Câmara. O motivo seria conflitos constantes com a Casa Civil (Antonio Figueira). Norões não é um quadro político qualquer. É procurador do Estado, concursado, dono de notável saber jurídico e, no comando de Suape, Copergás, Compesa, AD-Diper e Porto do Recife, sempre gerava "pautas positivas" para o governo.

Instância – No governo de Eduardo Campos, a "instância" para resolver eventuais conflitos entre secretários era ele próprio. No de Paulo Câmara essa "instância" não existe. Cada qual age por si e não há um "maestro" para comandar a orquestra. O governador é homem da "paz", mas não mostra vocação para liderar.