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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Segurança de Bolsonaro terá reforço e esquema inédito após posse

Segurança de Trump nos EUA é tida como modelo
Foto: Divulgação/Reprodução
Do ÚLTIMO SEGUNDO
charlesnasci@yahoo.com.br

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, pediu estudos de sua equipe para reforçar as estratégias de proteção ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) , e sua família. A ideia é implementar, na segurança de Bolsonaro, esquema inédito no Brasil, com medidas semelhantes às adotadas nos Estados Unidos para Donald Trump. Em declaração ao jornal O Estado de São Paulo , Etchegoyen afirmou que o aparato para a segurança de Bolsonaro "será muito diferente e muito mais severo do que qualquer outro titular do Planalto já viu ou teve".

A preocupação especial do GSI com a segurança do capitão da reserva do Exército se deve, obviamente, pelo ataque a faca sofrido por ele em Juiz de Fora , em setembro, e também por constantes ameaças já monitoradas tanto pela própria equipe do agora presidente eleito quanto por órgãos oficiais. Nomeado antecipadamente como ministro da Defesa no governo Bolsonaro, o general Augusto Heleno disse repetidas vezes ao longo da campanha que o então candidato do PSL era alvo de "ameaça de atentado terrorista", chegando a utilizar essa preocupação como justificativa para a ausência de Bolsonaro em debates.

Na semana passada, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal tiveram reunião para definir estratégia para proteger Bolsonaro ao longo do governo de transição – que vigora até a data de sua posse, em 1º de janeiro. Jair Bolsonaro é acompanhado por uma equipe da PF desde o início da campanha para a Presidência, em agosto, e viu seu aparato de segurança ser ampliado após a facada sofrida no comício de Juiz de Fora.

Os atuais 55 agentes da Polícia Federal que se revezam na escolta de Bolsonaro serão substituídos, a partir do momento da posse do novo presidente, por servidores do próprio GSI – em boa parte, militares do Exército. Essa troca pode vir a ser antecipada, caso seja identificada necessidade para tanto. Além do próprio presidente, também têm direito a esquema especial de segurança a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, os cinco filhos do novo chefe do Executivo federal e o vice-presidente, General Mourão.