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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Professor de Matemática, prefeito de Bom Jardim apresenta soma de R$ 7,5 milhões em débitos deixados por ex-prefeito


Do BLOG DE ALBÉRICO CASSIANO
charlesnasci@yahoo.com.br

Fazer cálculos sempre foi a principal atividade do professor Janjão, que lecionava Matemática. Desde que assumiu a prefeitura de Bom Jardim, a habilidade com os números tem sido necessária, sobretudo para somar os débitos deixados pela gestão anterior. O total do calote, chamado de "herança maldita" pelo prefeito Janjão (PL), foi constatado por meio de auditoria, e chega a R$ 7.582.059,10 (sete milhões, quinhentos e oitenta e dois mil, cinquenta e nove reais, e dez centavos).

Os resultados foram apresentados em 'live', como balanço dos cem dias da gestão, transmitida pelas redes sociais do prefeito. Com ajuda da vice, Vânia de Miguel, o professor expôs o detalhamento do débito, de maneira didática e clara, com cartazes impressos, fazendo os cálculos ao vivo na internet, como se estivesse em sala-de-aula, lecionando com apoio da tecnologia, seguindo os protocolos da pandemia.

"Do total do débito, R$ 4.504.139,02 (quatro milhões, quinhentos e quatro mil, cento e trinta e nove reais, e dois centavos) são dívidas com folha de pagamento, INSS e Fumap [Fundo Municipal de Previdência] e outros R$ 3.077.920,08 (três milhões, setenta e sete mil, novecentos e vinte reais e oito centavos) são de salário família, garantia de obras e consignados." Depois de expor o total e a que se refere o rombo nos cofres do Município, o prefeito, professor Janjão, destrinchou o valor do pendura e o nome de quem deixou de receber da gestão anterior, a exemplo de mais de R$ 1,5 milhão em débitos com a Celpe e a folha de pagamento de dezembro do servidor municipal em aberto, com valor superior a R$ 1 milhão.

"As demais despesas: R$ 2.199.592,87 (dois milhões, cento e noventa e nove mil, quinhentos e noventa e dois reais, e oitenta e sete centavos) - dívidas com combustíveis, equipamentos e obras; R$ 216.805,18 (duzentos e dezesseis mil, oitocentos e cinco reais e dezoito centavos) - em dívida com a Compesa; R$ 1.149.724,74 (um milhão, cento e quarenta e nove mil, setecentos e vinte e quatro reais, e setenta e quatro centavos) - débito com a Celpe, de iluminação pública; R$ 471.752,35 (quatrocentos e setenta e um mil, setecentos e cinquenta e dois reais, e trinta e cinco centavos) - também com a Celpe, de contas parceladas; R$ 1.036.659,56 (um milhão, trinta e seis mil, seiscentos e cinquenta e nove mil, e cinquenta e seis centavos) - com folha de pagamento em geral; sendo R$ 866.508,56 (oitocentos e sessenta e seis mil, quinhentos e oito reais, e cinquenta e seis centavos) - com folha de pagamento dos professores, do Fundeb".

O prefeito esclareceu que a folha atrasada está sendo paga de forma parcelada, com recursos próprios do Município. "Temos dinheiro do Fundeb na conta da prefeitura, mas, por Lei, não posso pegar para pagar ao professor, porque não há competência para isso. O que acontece? Mês a mês eu tenho que tirar do FPM, do recurso próprio. Nesta sexta-feira (23) fizemos o pagamento da segunda, do total de seis parcelas", disse.