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quinta-feira, 2 de março de 2023

Palácio teve sucesso nas comissões da Alepe, mas pode estar construindo inimizades


Do JC ONLINE - Igor Maciel
charlesnasci@yahoo.com.br

Pondo fim a uma novela que já tinha durado tempo demais, a Alepe definiu, finalmente, o comando das principais comissões da Casa, as que mais interessavam ao governo do Estado para poder aprovar projetos por lá. Antônio Moraes (PP), que chegou a abrir mão da presidência da Assembleia, finalmente conseguiu ser confirmado na presidência do grupo mais importante da Alepe, a Comissão de Justiça. Tudo, absolutamente tudo, que vai ser votado em plenário precisa do aval dessa comissão. Moraes era o escolhido pela governadora Raquel Lyra (PSDB), mas quase ficou de fora por problemas na articulação política.

A informação é que governo e parlamentares entraram pela madrugada aparando arestas e tentando resolver a pendência. Com isso, Débora Almeida (PSDB) ficou no comando da Comissão de Finanças e Joaquim Lira (PV) garantiu a Comissão de Administração. O mapa da Assembleia, nas comissões, fica exatamente do jeito que o governo esperava, mas a energia gasta podia ter sido economizada.

E, pela forma como tudo foi feito, tendo que alterar acordos que os partidos já tinham feito internamente, como um sobre a liderança da bancada do PL, haverá consequências no futuro. O PL também chegou a mudar a sua formação em uma das comissões para garantir o resultado e atender Raquel. Uma regra básica desse jogo é que os prejudicados de hoje podem se tornar um problema no futuro. E o resultado positivo nas comissões não pode enganar o governo sobre isso. Pra ninguém se dizer "surpreso" depois.