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sábado, 10 de maio de 2025

Bom ou ruim? O que líderes católicos conservadores disseram sobre a eleição de Leão 14?


Da GAZETA DO POVO
charlesnasci@yahoo.com.br

Moderado. Se fosse realmente necessário classificar o novo papa Leão XIV com algum rótulo político moderno, esse parece ser o mais aceitável, pelo menos até o momento, com base no que já veio a público sobre suas declarações e atividade anteriores ao pontificado. Do ponto de vista conservador, alguns sinais dados nas primeiras 24 horas no trono de Pedro também foram recebidos com otimismo. No que diz respeito à ortodoxia doutrinal ou ao respeito à tradição católica, as reações de líderes católicos mais alinhados a esse espectro foram mais de surpresa positiva do que de lamentação. Se Prevost tem sido anunciado por parte da mídia como um nome de continuidade às ideias de Francisco, ainda é preciso entender até que ponto.

Logo na apresentação aos fiéis, o primeiro papa americano não quis imitar seu predecessor e usou as vestes cerimoniais previstas para o momento: a estola e a mozeta vermelhas, juntas de um crucifixo dourado, paramentos rejeitados por Francisco, mas usados por João Paulo II, Bento XVI e todos os antecessores nos séculos recentes. A escolha foi recebida como um sinal de apreço à tradição católica. Seu primeiro discurso na sacada da basílica também foi mais parecido com aquele feito por Joseph Ratzinger, bastante focado na figura de Cristo e de aparência menos improvisada, do que com a opção feita por Jorge Mario Bergoglio, que surpreendeu ao pedir aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro que o abençoassem antes de ele próprio lhes dar a bênção.

A escolha do nome Leão XIV foi outro aspecto que agradou. Se, por um lado, os católicos mais preocupados com a ênfase em temas sociais têm algo a comemorar, já que o último papa a usar esse nome é considerado o "fundador" da moderna doutrina social da Igreja, por outro, Leão XIII foi papa num período anterior ao Concílio Vaticano II, portanto celebrava a hoje chamada missa tridentina (em latim, de frente para o sacrário, e não para a assembleia) e tinha profunda ligação com São Miguel Arcanjo. Todos esses são tópicos preciosos para os fiéis de um catolicismo mais tradicional. Se Prevost tivesse escolhido Francisco II, João XXIV ou outro nome inédito, provavelmente a recepção entre católicos conservadores e tradicionalistas seria outra.

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