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domingo, 11 de maio de 2025

Lula perde, de novo, batalha de narrativa que criou ao tentar colocar Bolsonaro na cena do crime do INSS


Do JORNAL DO COMMERCIO - Fernando Castilho
charlesnasci@yahoo.com.br

Animal político, Lula acredita que a política pode resolver tudo desenhando soluções simples para problemas complexos. Às vezes até resolve mesmo. Desde que estejam disponíveis todas as informações de modo a permitir ler o cenário completo. Quando elas não estão, as chances de um desastre se ampliam exponencialmente. Lula não precisava se colocar no centro da crise do INSS. Mas a possibilidade de colocar Jair Bolsonaro na cena do crime foi irresistível para ele.

SEM DADOS REAIS

Mas, como se disse, as informações disponíveis quando as ações da Polícia Federal no último dia 23 de abril não estavam disponíveis, E, ainda assim, ele decidiu se colocar no processo. Não se sabe ainda de quem foi a proposta de, ao revelar o caso, insistir na informação de que os descontos começaram no governo anterior que Lula comprou e banca até agora.

TEMPOS DE TEMER

Não é verdade. Os descontos começaram no governo de Michel Temer quando, entre 2016 e 2018, quando foram observados descontos de R$1,490 bilhão. Nos quatro anos de Bolsonaro, eles chegaram a R$2.356 bilhões. Só que explodiram, de fato, no seu governo quando já no primeiro ano (2023) chegaram a R$1.299, em 2023, e no segundo (2024) atingiram R$2,848 bilhões. O presidente deveria ser alertado sobre isso, ao tentar falar dos sujos (Temer e Bolsonaro), e que poderia ter efeito contrário por ser ele o mal lavado. Ainda assim, ele orientou seu ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski a bater nessa tecla sem avaliar que o efeito bumerangue seria inevitável.

ESCOLHEU ENTRAR

Hoje se sabe que Lula não precisava avisar que iria pagar o prejuízo dos aposentados e pensionistas quando nem sabia quantas pessoas, de fato, teriam sido enganadas e muito menos de onde poderia retirar o dinheiro que seus auxiliares inflaram os valores. Tanto que agora fala em prazos. As investigações estavam no começo, a Polícia Federal e a CGU estavam ainda identificando possíveis envolvidos, quando o presidente nomeou o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e o autorizou a dizer que a conta era da União.

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