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sábado, 19 de março de 2011

Tática de 2012 será a mesma de 2008

Eduardo Campos antecipou a posição que irá tomar no pleito municipal do próximo ano: aonde teve o apoio de mais de um lado, não sobe em palanque de ninguém (Foto: Internet)

DA FOLHA DE PERNAMBUCO, COLUNA DE INALDO SAMPAIO

charlesnasci@yahoo.com.br

O governador Eduardo Campos quase perde a paciência com repórteres, em Petrolina, após fazer a abertura do seminário “Todos por Pernambuco”, porque a maioria das perguntas que lhe dirigiram nada tinha a ver com aquele evento. Os repórteres só queriam saber se Gilberto Kassab vai ou não fundir o seu PSD (não será mais PDB) com o PSB, se o deputado João Paulo deixará o PT para se filiar ao PSB, e como o governador se comportará nos municípios em que teve o apoio dos “dois lados”.

Não era o seu propósito falar de eleições a 19 meses e alguns dias da data de sua realização, mas já que a imprensa insistiu ele colocou os pontos nos “is”. Reclamou, inicialmente, da “eleitoralização” do debate político, que deveria estar direcionado para temas de natureza administrativa, de interesse de Pernambuco e do Brasil. E logo depois antecipou a posição que irá tomar no pleito municipal do próximo ano: aonde teve o apoio de mais de um lado, não sobe em palanque de ninguém.

Se ficasse preso, no Palácio, recebendo deputados e prefeitos, só para tratar de eleições, disse ele, não teria feito os investimentos que fez nos últimos quatro anos, nem sido reeleito com a maior votação proporcional do país. De eleições só pretende tratar a partir de maio do próximo ano, e só participará de campanhas nos municípios em que haja “o governo” e “a oposição”. Casos, por exemplo, do Cabo, Moreno, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Vitória, Caruaru, Salgueiro e Petrolina.