Foto: Divulgação/Reprodução |
Do JORNAL DO COMMERCIO
charlesnasci@yahoo.com.br
Tudo dentro do previsto. Como era temido, os rodoviários começaram a ser demitidos pelas empresas de ônibus que operam o transporte por ônibus da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) devido à vertiginosa queda de demanda de passageiros provocada pela pandemia do coronavírus. Duzentos profissionais foram demitidos entre a segunda-feira (30/3) e a manhã desta terça (31/3) somente na empresa Transcol, que opera na Zona Norte da capital. Das onze empresas que atuam no sistema, dez teriam promovido demissões. A expectativa é de que pelo menos 60% do quadro de profissionais do sistema percam os empregos. E, dessa vez, motoristas e cobradores querem que o governo de Pernambuco intervenha.
A categoria está desesperada e implora ao Estado - gestor do sistema de transporte por ônibus - que se envolva no processo. Que não assuma, mais uma vez e como tem feito ao longo dos anos, uma postura de isenção diante das demissões. Que não alegue, novamente, tratar-se de uma relação privada, entre patrões e empregados. São motoristas, cobradores, fiscais e mecânicos afastados das funções porque as empresas de ônibus alegam não ter como manter o quadro com uma queda de demanda entre 74% e 75%, e tendo que manter parte da frota de coletivos nas ruas por ser um serviço essencial.
"Temos tentado trazer o governo do Estado para o processo desde que soubemos da situação. Sabemos que o setor empresarial lamenta as perdas há 30 anos e que há um pouco de exagero nas ações. Que podem estar tirando proveito da pandemia para demitir o trabalhador e reduzir o quadro. Eles já vêm fazendo isso com a dupla função e a retirada dos cobradores. Mas de fato sabemos que há uma crise e que algo precisa ser feito. Mas dessa vez queremos que o Estado participe, nos ajude a encontrar uma solução que não prejudique apenas o trabalhador. Que faça o empresário enxergar isso. Os rodoviários não podem pagar por isso", defende o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Aldo Lima.
"Temos tentado trazer o governo do Estado para o processo desde que soubemos da situação. Sabemos que o setor empresarial lamenta as perdas há 30 anos e que há um pouco de exagero nas ações. Que podem estar tirando proveito da pandemia para demitir o trabalhador e reduzir o quadro. Eles já vêm fazendo isso com a dupla função e a retirada dos cobradores. Mas de fato sabemos que há uma crise e que algo precisa ser feito. Mas dessa vez queremos que o Estado participe, nos ajude a encontrar uma solução que não prejudique apenas o trabalhador. Que faça o empresário enxergar isso. Os rodoviários não podem pagar por isso", defende o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Aldo Lima.
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