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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Covid-19 é três vezes menos letal no Brasil do que na Itália

Dados da OMS indicam que, a cada cem brasileiros que testam positivo para a doença, três não resistem. Entre italianos, são 11 mortes a cada cem
Covid-19 já matou mais de 10 mil na Itália
(Foto: Divulgação/Reprodução)
Do R7
charlesnasci@yahoo.com.br

A taxa de letalidade da covid-19 no Brasil é três vezes menor do que a registrada na Itália, de acordo com levantamento do R7 com base nos dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), que divulga relatórios diários sobre a doença provocada pelo novo coronavírus. Até a última segunda-feira (30), o Brasil tinha informado à autoridade máxima de saúde no mundo 3.904 casos de covid-19, com 114 mortes. Isso representa uma taxa de mortalidade de 2,92%. Na prática, de cada cem pessoas que pegam o vírus, 3 morrem no país.

A Itália havia confirmado oficialmente 97.689 casos da doença até anteontem, com 10.781 mortes. Com isso, a taxa de letalidade entre os italianos chega a 11,03% — na prática, de cada cem pessoas que ficam doentes, 11 não resistem aos efeitos da covid. Para o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e do Hospital Israelita Albert Einstein, ambos de São Paulo, a taxa de letalidade menor da doença no país se explica, principalmente, pelo isolamento social.

"A gente tem dois aspectos fundamentais que explicam isso. Primeiro, tivemos a possibilidade de preparar as UTIs para receber essas pessoas e conseguimos atender prontamente, neste momento. A assistência de saúde, até agora, tem sido qualificada. E a capacidade de atender a essas pessoas tem a ver diretamente com o isolamento social", disse. O infectologista também destaca o tratamento da covid-19 com uma combinação de cloroquina com um antibiótico.

"Segundo, que também temos a nosso favor a possibilidade de muitos serviços já terem iniciado o protocolo experimental do uso combinado da azitromicina, que é um antibiótico com ação anti-inflamatória, e a cloroquina, que é antirreumático e usado para malária, com bons resultados". Porém, o médico é enfático ao reforçar a necessidade de isolamento social para que as unidades de atendimento continuem prestando o socorro devido aos infectados.

"De fato, a letalidade aqui está sendo menor por aqui, a gente quer perder menos vidas, e para isso a gente precisa das pessoas e precisa manter o isolamento social. Reforço isso". Continue lendo clicando aqui.