DA FOLHA DE PERNAMBUCO
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Presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos comemorou, ontem, a aprovação, por parte da comissão da reforma política no Senado, do fim da reeleição e do mandato de cinco anos para presidente da República, governadores e prefeitos.
“Eu defendo essa ideia, o PSB sempre defendeu essa ideia. Acho que um mandato de cinco anos com coincidência de mandato é, do ponto de vista produtivo, muito maior do que oito anos, dois mandatos, com quatro eleições, com as regras de convênio, restituição, parceria federal com estado, estado com município. É um processo que ajuda a renovação na política, é um processo que, ao meu ver, é o mais conveniente”, destacou Campos, após a plenária do Todos por Pernambuco no município de Araripina. Sobre a possibilidade da presidente Dilma Rousseff ficar nove anos no poder, caso seja releita, Eduardo Campos destacou: “Então vai ser bom para o Brasil”.
O socialista ainda confirmou a filiação do ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao PSB. Indicado pelo PMDB para o Governo Lula, o ex-ministro acabou alianhando-se mais ao ex-presidente, tanto que os peemedebistas não moveram uma palha para mantê-lo. A filiação faz parte de um planejamento do PSB para se fortalecer em todo o País. Se conseguir estruturar a legenda, Eduardo terá condições de disputar a Presidência. “Temporão é um amigo, um companheiro. Desde o ano passado, quando ele ainda estava no Ministério, já discutia esse desejo com o PSB, lá do Rio de Janeiro. Ele é um grande quadro técnico e político, militante da saúde pública e vai ajudar muito o crescimento do PSB”, pontuou.
O ex-titular da Saúde negou que a mudança de partido tenha motivação eleitoral. “Isso é uma coisa para se discutir mais na frente. A mudança para o PSB se deve mais ao fato de identificação ideológica, porque tenho uma história ligada à esquerda”, alegou José Gomes Temporão, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Nessa linha, também faz parte do esforço do PSB trazer o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que ontem anunciou a sua saída do DEM. Segundo Eduardo, o prefeito falará sobre seu futuro político em entrevistas a serem publicadas por revistas de circulação nacional neste final de semana - Kassab deve fundar o PSD para, mais na frente, se fundir ao PSB.