DO PE 360 GRAUS
charlesnasci@yahoo.com.br
A organização do Festival de Cinema de Pernambuco (Cine PE) se esforçou para manter uma boa imagem na última sexta-feira (6), noite de encerramento do evento, mas não deu. No momento de receber o prêmio de melhor diretor da Mostra Pernambuco de curta metragem, pelo filme “Palavra Plástica”, Léo Falcão e um grupo de outros cineastas pernambucanos subiram ao palco e abriram uma faixa onde estava escrito “Mais cinema, menos glamour”.
Léo Falcão e outros realizadores pernambucanos fizeram um inusitado protesto durante a premiação (Foto: PE360Graus)
Os manifestantes querem, entre outras coisas, que a Mostra Pernambuco seja integrada à programação do festival, passando a ser exibida no Teatro Guararapes junto com os outros filmes e que haja mais critério na disposição da programação. Os realizadores também ficaram irritados com a organização do evento, que ligou as luzes do teatro durante a projeção de um curta na última quarta-feira (4). Passado o desconcertante imprevisto, o resto da noite de premiação ocorreu normalmente. “1:21”, de Adriana Câmara, foi o escolhido como melhor filme da Mostra Pernambuco de Curtas Digitais.
Os prêmios da categoria longa-metragem foram divididos, praticamente, entre duas produções paulistas: “Estamos Juntos”, que levou sete premiações, e “Família Vende Tudo”, que teve cinco. O pernambucano “JMB, o Famigerado” ficou com o prêmio especial do júri e o prêmio do júri popular. Mas quem acabou com o título de melhor longa-metragem do Cine PE 2011 foi o drama “Estamos Juntos”.
Os prêmios da categoria longa-metragem foram divididos, praticamente, entre duas produções paulistas: “Estamos Juntos”, que levou sete premiações, e “Família Vende Tudo”, que teve cinco. O pernambucano “JMB, o Famigerado” ficou com o prêmio especial do júri e o prêmio do júri popular. Mas quem acabou com o título de melhor longa-metragem do Cine PE 2011 foi o drama “Estamos Juntos”.
"Estamos Juntos", de Toni Venturi, levou, além de Melhor Longa de Ficção, outros seis prêmios do festival (Foto: PE360graus)
Fortemente aplaudido na última quinta-feira (5), o filme de Toni Venturi gerou empatia ao tratar de um tema universal: a solidão. O caráter cosmopolita de São Paulo também parece ter gerado identificação no público recifense. “A gente tentou mostrar os vários espaços que convivem numa mesma cidade e também, através da personagem principal Carmem, aquela sensação que muita gente tem nas grandes cidades, de estar só no meio de uma multidão”, falou o diretor.
Entre os curtas-metragens de 35 mm, quem levou a melhor foi outra produção paulista: “Tempestade”, de Sérgio Cabral. A obra ainda conquistou melhor direção de arte e melhor fotografia. Na opinião do público, o melhor filme foi “Braxília”, um documentário sobre a produção de um poeta na capital do país. Um filme que o público local talvez esperasse ouvir mais vezes durante a premiação, “Calma, Monga, calma!”, ganhou apenas o especial de crítica.
São Paulo também levou o troféu Calunga de melhor curta digital com “Flash”. Nesta categoria, dois pernambucanos saíram premiados: “Vou estraçaiá” (júri popular e menção honrosa) e “Mens sana in corpore sano”, que foi considerado o melhor filme para reflexão pela comissão da Federação Pernambucana de Cineclubistas. Este último ainda arrematou o prêmio de melhor aquisição do Canal Brasil e levou para casa R$ 15 mil.
Fortemente aplaudido na última quinta-feira (5), o filme de Toni Venturi gerou empatia ao tratar de um tema universal: a solidão. O caráter cosmopolita de São Paulo também parece ter gerado identificação no público recifense. “A gente tentou mostrar os vários espaços que convivem numa mesma cidade e também, através da personagem principal Carmem, aquela sensação que muita gente tem nas grandes cidades, de estar só no meio de uma multidão”, falou o diretor.
Entre os curtas-metragens de 35 mm, quem levou a melhor foi outra produção paulista: “Tempestade”, de Sérgio Cabral. A obra ainda conquistou melhor direção de arte e melhor fotografia. Na opinião do público, o melhor filme foi “Braxília”, um documentário sobre a produção de um poeta na capital do país. Um filme que o público local talvez esperasse ouvir mais vezes durante a premiação, “Calma, Monga, calma!”, ganhou apenas o especial de crítica.
São Paulo também levou o troféu Calunga de melhor curta digital com “Flash”. Nesta categoria, dois pernambucanos saíram premiados: “Vou estraçaiá” (júri popular e menção honrosa) e “Mens sana in corpore sano”, que foi considerado o melhor filme para reflexão pela comissão da Federação Pernambucana de Cineclubistas. Este último ainda arrematou o prêmio de melhor aquisição do Canal Brasil e levou para casa R$ 15 mil.
O documentário pernambucano "O Rochedo e a Estrela" teve exibição inédita na última noite do evento. A cineasta Katia Mesel apresentou o longa ao lado da atriz Geninha da Rosa Borges (Foto: PE360Graus)
HORS CONCOURS
Durante a noite de encerramento da 15ª edição do Cine PE foi exibido pela primeira vez o documentário pernambucano “O Rochedo e a Estrela”, de Katia Mesel. O filme deixou a sensação de que os seus sete anos de produção valeram a pena, pois, apesar de tratar um tema de pouco apelo popular, ele traça um panorama histórico de Pernambuco no século XVII, o longa recebeu entusiasmados aplausos do público ao final da exibição. Os depoimentos de trinta pessoas entre jornalistas, advogados e historiadores são intercalados com cenas filmadas no Caribe, Estados Unidos, Brasil, e em países da Europa.HOMENAGEADOS
A noite de encerramento do Cine PE também teve suas homenagens: a Revista de Cinema, o Baile Perfumado e a montadora Vânia Debs.