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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Uma grande incógnita

Além de verde e não talhada para a função, a nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (foto), tem fama de arrogante nos corredores do Congresso e no seu partido (Foto: Internet)
DA FOLHA DE PERNAMBUCO (MAGNO MARTINS)
charlesnasci@yahoo.com.br
A escolha da senadora Gleisi Hoffmann (PR-PR) foi pessoal da presidente Dilma, sem qualquer interferência de setores externos, nem mesmo do ex-presidente Lula. Ao convocar uma mulher para substituir o principal auxiliar do seu governo, o ex-ministro Antônio Palocci, Dilma quis dar uma demonstração de que governa com autonomia.
Mas, a senadora paranaense é uma grande incógnita. Além de verde e não talhada para a função tem fama de arrogante nos corredores do Congresso e no seu partido. Não se sabe, ainda, se a presidente dará a ela os poderes que detinham Palocci, entre os quais o de coordenar as relações políticas e institucionais do Planalto com o Congresso.
Entre o salão verde da Câmara e o azul do Senado, por onde circulam os bastidores da cena nacional, ninguém sabe de nada. Trata-se de um tremendo mistério. Mas Dilma é misteriosa por natureza.
Hoffmann é ao mesmo tempo a certeza de que Dilma quer dar uma cara ao seu Governo para se livrar do estigma de que foi eleita, no entanto quem continua dando as cartas é o ex-presidente Lula. É um sinal importante.
A presidente tem pela frente, porém, o grande desafio de domar o seu partido. Foi o PT e não a oposição quem deu a pá de cal para Palocci jogar a toalha. É o PT que compete internamente com o PMDB e que está com igual apetite para ocupar cargos estratégicos.