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sábado, 5 de outubro de 2013

Marina Silva se filia ao PSB e diz que Eduardo Campos é o candidato

Marina Silva e Eduardo Campos (Foto: Reprodução)

Do Estadão
charlesnasci@yahoo.com.br
 
A ex-senadora Marina Silva se filiou na tarde deste sábado, 5, ao PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O anúncio foi feito no Hotel Nacional, em Brasília. "O PSB já tem um candidato; por que não apresentar o nosso programa a este candidato?", disse, referindo-se a Campos. "Agradeço ao PSB pela chancela política que a Justiça Eleitoral não nos quis dar", afirmou Marina, que na quinta-feira, 3, teve sua Rede Sustentabilidade rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral – ela não conseguiu o número mínimo de assinaturas para criar a sigla. 


"Vamos andar o Brasil lado a lado", disse Campos em discurso. Em entrevista coletiva após o anúncio, Marina não admitiu se será vice na chapa do governador de Pernambuco que disputará a Presidência no ano que vem: "Tudo o que aconteceu é muito mais do que a discussão do lugar que se ocupa muma chapa."

Juntos, Campos e Marina serão a terceira via das eleições de 2014, tendo pela frente a presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição, e o senador tucano Aécio Neves. No mês passado, o PSB deixou a base de apoio ao governo Dilma. A ex-ministra teve de correr para arrumar um partido – o prazo de filiação para quem quer concorrer a cargo eletivo no ano que vem termina neste sábado.

Marina disse que não se sente derrotada com a decisão da Justiça Eleitoral que negou à Rede o registro. "A derrota ou a vitória só se mede na história. Apressam-se aquele que pensam que a história se resolve em uma canetada", afirmou logo no início de sua fala para um auditório lotado. Ela destacou que a Rede já é um partido do ponto de vista político e programático. "Mesmo já tendo a chancela da sociedade, de um registro moral, de que de fato somos um partido político, nos foi cassado o direito de nos constituirmos como tal." A Rede, segundo Marina, é o "primeiro partido clandestino criado em plena democracia".

Segundo quem acompanhou a negociação, pessoas da classe artística contribuíram para o entendimento. Um dos que se envolveram foi o cineasta e diretor de televisão Guel Arraes, tio de Campos e filho de Miguel Arraes, fundador do PSB, já falecido. O senador Pedro Simon (PMDB-RS), próximo de Marina, foi outro que ajudou.


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