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domingo, 11 de janeiro de 2015

Em artigo, Fernando Bezerra Coelho ignora Paulo Câmara e defende reaproximação com governo Dilma

Foto: Divulgação/Reprodução
Do Blog de Jamildo - Por Fenando Bezerra Coelho
charlesnasci@yahoo.com.br

Neste período que antecede minha posse no Senado Federal, em 1º de fevereiro, tenho procurado me dedicar mais à leitura. Dentre os livros que selecionei, destaco a trilogia biográfica de Getúlio Vargas, um dos maiores político do Brasil no século passado. Impressiona a capacidade de Getúlio de priorizar e hierarquizar os objetivos políticos e administrativos.

Embora o Partido Republicano do Rio Grande do Sul tenha dissentido do acordo da política do Café com Leite, que garantia o revezamento de Minas e São Paulo no poder federal, Getúlio com orientação do então líder Borges de Medeiros soube costurar como deputado federal a aproximação do seu estado com o governo central, permitindo na sequencia ser convocado para ministro da Fazenda do presidente Washington Luiz.

O Rio Grande do Sul, à época, iniciava um vigoroso programa de investimentos na infraestrutura ferroviária, portuária e rodoviária. Lembro desta passagem porque acho que não temos espaço para errar na definição das prioridades de Pernambuco. Eduardo Campos, com liderança política e talento administrativo, iniciou um grande ciclo de desenvolvimento para o nosso Estado. Teve força política para atrair relevantes e expressivos recursos federais e teve talento e equipe para animar os empresários nacionais e internacionais a colocarem Pernambuco como destino dos seus investimentos.

O salto da economia pernambucana foi impressionante. Em 2006 Pernambuco arrecadava R$ 4,86 bilhões e a Bahia R$ 7,78 bilhões. Hoje, nossa arrecadação chegou a quase R$ 13 bilhões e já arrecadamos mais de 70% do ICMS da Bahia, Estado de maior população, território e PIB da região. O desafio de Pernambuco é não ser deixado para trás mais uma vez na nossa historia por causa dos desencontros da política. O que devemos fazer é buscar unir as forças políticas do Estado em torno do nosso projeto de desenvolvimento, sem receios e com firmeza buscar a reaproximação política com o governo central, para ser o parceiro de importantes investimentos que precisam ser iniciados acelerados ou concluídos.

Transposição, adutora do Agreste, canal do Entremontes, ferrovia, Arco Metropolitano, são alguns bons exemplos. Em 2002 o PSB teve Anthony Garotinho, então governador do Rio de Janeiro, como candidato a presidente da República. Miguel Arraes e Eduardo Campos souberam se recompor com o então presidente Lula e fizeram o alinhamento do governo estadual com o federal, após a nossa vitória nas eleições de 2006.

A candidatura de Eduardo Campos e sua trágica morte devem nos servir de inspiração para tomarmos as nossas decisões. É hora de acalentar novos sonhos e preparar o novo Pernambuco para um salto ainda maior. Como senador por Pernambuco, é meu compromisso trabalhar para garantir os investimentos que permitam ao nosso Estado continuar gerando emprego e renda para a nossa população.