Foto: Google Imagens/Reprodução |
Da AGÊNCIA ESTADO
charlesnasci@yahoo.com.br
Dois integrantes da área econômica não descartaram a possibilidade de o déficit primário do Governo Central, que reúne as contas do Tesouro, INSS e Banco Central, chegar a R$ 70 bilhões, se houver o pagamento de todos os gastos represados no ano passado e identificados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como pedaladas fiscais. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator do Orçamento de 2015, foi ainda mais pessimista e estimou nesta terça-feira, 20, um rombo das contas públicas deste ano de até R$ 80 bilhões. "O valor do déficit previsto está mudando a todo momento", disse uma fonte do governo.
Quanto maior o acerto das pedaladas, maior terá que ser o déficit previsto para 2015. Não se trata mais de prever um superávit primário, como o governo vendeu que faria para este ano, mas o tamanho do rombo. O TCU cobra uma correção de R$ 40 bilhões. Assim que retornar ao Brasil, nesta quarta-feira, 21, a presidente Dilma Rousseff pretende convocar uma reunião da Junta Orçamentária para definir a nova meta fiscal. O dilema da presidente e da equipe econômica é definir se haverá uma correção de todas as pedaladas de uma única vez em 2015 ou se será feito um acordo com o TCU com um cronograma de pagamentos, com impacto também nos próximos anos.