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terça-feira, 14 de junho de 2016

INFLAÇÃO: Aumento do preço do feijão muda hábitos dos consumidores pernambucanos

Nos supermercados do Recife, o feijão mais caro tem sido justamente o mais popular entre os pernambucanos: o mulatinho (Foto: Annaclarice Almeida/Arquivo DP)
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A inflação segue assombrando os brasileiros. O panorama negativo da economia do país se reflete nas prateleiras dos supermercados, com os preços dos produtos aumentando de forma exorbitante. Quem está na berlinda é o feijão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o alimento típico dos brasileiros sofreu aumentos de 33,49%, entre janeiro e maio, e 41,62%, considerando os últimos 12 meses. Uma pesquisa de auditoria de varejo da GFK, que coleta preços em supermercados de 21 regiões do Brasil, revela ainda que o preço do feijão subiu 28% de janeiro a maio.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAF), uma saca de feijão está custando em torno de R$ 500, superando o preço de uma saca de café pela primeira vez na história. O IBRAF também prevê que o abastecimento só deve se regularizar no início de 2017. As informações foram fornecidas pelo presidente da instituição, Marcelo Eduardo Lüders, em entrevista à Rádio EBC. Nos supermercados do Recife, o feijão mais caro tem sido justamente o mais popular entre os pernambucanos: o mulatinho está custando entre R$ 10 e R$ 13. O feijão preto está entre R$ 7 e R$ 8. O macassar e o branco têm sido os mais baratos, com R$ 5 e R$ 6, respectivamente.

"A gente já estava conformado com o aumento dos preços porque é algo que já acontecia constantemente. Mas agora foi demais", afirma o repositor de supermercado Manuel do Nascimento. "Lá em casa vou ter que trocar o feijão mulatinho pelo macassar", completa. O também repositor Leandro Balbino será outro consumidor a mudar o tipo de feijão em suas refeições. "Se você tem um produto, gasta com a aplicação dele e emprega toda uma mão-de-obra, não se pode vender esse produto abaixo do preço do mercado. Também vou ter que ficar comprando o feijão macassar", afirma.


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