Josanias Barbosa, o casinhense que mora há 15 anos no Haiti, é assistente social e diretor de projetos de uma organização que realiza trabalhos humanitários no país (Foto: Facebook/Reprodução) |
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O casinhense Josanias Rodrigues Barbosa mora há cerca de 15 anos no Haiti, um dos países mais pobres da América Central, e que nesta semana voltou a ganhar as atenções da comunidade internacional após o desastre de enormes proporções causado pelo Furacão Matthew. Lá, Josanias é conhecido como Joe Barbosa, é casado com uma haitiana e pai da pequena Mariana Lara. Ele é assistente social e diretor de projetos da Hearts Together for Haiti, uma organização canadense que realiza trabalhos humanitários naquele país caribenho.
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Ontem (08), em sua página no Facebook, Josanias divulgou um número de mortos bem acima do que foi divulgado até agora pelas autoridades haitianas: mais de 800, o dobro dos números oficiais. É uma tragédia sem precedentes, com forte comoção internacional, que já se mobiliza com ajuda humanitária. "Haiti sofre a força da mãe natureza novamente. Deus, por favor, olhe por nós", diz o casinhense numa das postagens. Noutro post, ele também divulgou o endereço do órgão em que atua, pelo qual pessoas de todo o mundo podem entrar em contato para fazer doações (acesse no link acima).
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Comboios de ajuda estão chegando da capital ao sudoeste do Haiti por meio de uma pequena pista de pouso, depois de algumas estradas terem sido prejudicadas pelo Furacão Matthew. Uma embarcação com comida e água está ancorada no mar. A resposta internacional ao desastre está a caminho, enquanto as autoridades tentam mensurar o número de mortos e as consequências da destruição. No entanto, algumas limitações prejudicam a ajuda às vítimas, como a dificuldade de locomoção para chegar a muitos dos vilarejos atingidos. As pessoas que perderam tudo se mostram cada vez mais desesperadas.
O Haiti deu início a um período de luto nacional oficial de três dias neste domingo, sob um decreto emitido pelo presidente Jocelerme Privert. O número exato de mortos permanece incerto. Guillaume Silvera, um alto funcionário da Agência de Proteção Civil no Departamento Grande Enseada, disse que haviam sido confirmadas 522 mortes, excluindo vítimas de comunidades distantes, onde autoridades ainda não conseguiram chegar, em razão do colapso de estradas e pontes. "Acreditamos que os números vão aumentar", disse Silvera.
A sede da Proteção Civil em Porto Príncipe, por sua vez, tinha no sábado uma contagem oficial para todo o país de 336 mortos, incluindo 191 mortes em Grande Enseada. Autoridades do governo estimam que ao menos 350.000 pessoas precisam de assistência e relataram preocupação com o aumento dos casos de cólera, após as inundações desencadeadas pelo Furacão Matthew. Um surto de cólera em curso já matou cerca de 10.000 pessoas e levou mais de 800.000 a adoecerem desde 2010.