Foto: Google Imagens/Reprodução |
charlesnasci@yahoo.com.br
Nome cada vez mais cotado para disputar a Presidência da República em 2018 pelo PSDB, o prefeito de São Paulo, João Doria Jr, pode ganhar um rival a altura na corrida pela vaga tucana ao Planalto. Em entrevista publicada na última quinta-feira 30, o apresentador da Rede Globo Luciano Huck deixou aparente seu desejo de entrar na vida política. Ao jornal Folha de S.Paulo, Huck disse que sua geração está pronta para ocupar os espaços de poder e que, diante do colapso da política nacional e da "crise ética", novas lideranças vão surgir.
Nome cada vez mais cotado para disputar a Presidência da República em 2018 pelo PSDB, o prefeito de São Paulo, João Doria Jr, pode ganhar um rival a altura na corrida pela vaga tucana ao Planalto. Em entrevista publicada na última quinta-feira 30, o apresentador da Rede Globo Luciano Huck deixou aparente seu desejo de entrar na vida política. Ao jornal Folha de S.Paulo, Huck disse que sua geração está pronta para ocupar os espaços de poder e que, diante do colapso da política nacional e da "crise ética", novas lideranças vão surgir.
Como nomes de destaque de sua geração, Huck cita o novo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Pedro Faria, presidente da BRF, uma das empresas investigadas na Operação Carne Fraca da Polícia Federal. "Não dá para responder [se será candidato ao Planalto] na atual conjuntura. Falando seriamente, nossa geração chegou a um momento em que tem capacidade, saúde, força de trabalho, relevância, influência. Quem entrou na faculdade em 1990 está chegando agora aos espaços de poder. Faço parte desta geração", disse.
Huck apoiou Aécio em 2014 (Foto: Reprodução) |
Questionado sobre eventual apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele tentou desconversar. "Temos que ver como vai ser o financiamento de campanha. Quem pode dar dinheiro para campanha de maneira legal." Assim como Doria, Huck diz rejeitar ligações com a política institucional. Lembra que viajou o País "sem crachá político", pede espaço "para quem não está viciado em velhas práticas", mas reconhece, entretanto, que faz política, "fazendo televisão aberta no Brasil, com o poder que a Globo tem, trazendo boas histórias, dando opinião".
O apresentador diz com todas as letras que não é tucano, mas afirma acreditar que o ex-presidente FHC (PSDB) é "a cabeça mais moderna do Brasil", que é amigo do senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e diz ver Doria como "exemplo de ética e altruísmo". Para Huck, a forma de lidar com a polarização política no Brasil e "arrumar" o País "é se a gente conseguir fazer um pacto apartidário, que não tenha "revanchismo" ou "revolta". "Se foi golpe ou se não foi golpe, não importa", diz Huck.
O nome de Doria tem crescido no PSDB por conta de sua popularidade em São Paulo, que destoa da forte reprovação experimentada por caciques tucanos. Segundo pesquisa Ipsos divulgada também nesta quinta-feira 30 pelo jornal O Estado de S.Paulo, Aécio é o campeão de rejeição (74%), seguido pelo também senador José Serra (SP), com 70%, e por FHC e Geraldo Alckmin, com 67%. Oficialmente, Doria defende o nome de Alckmin, seu padrinho político, para o Planalto em 2018.