Subscribe:
.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

PESQUISA: 65% dos pernambucanos querem Lula de volta à presidência

O novo balanço do Instituto UNINASSAU revela que o ex-presidente possui intenções de votos cerca de 4 vezes a mais do que os outros candidatos juntos
Foto: Google Imagens/Reprodução
Do LEIA JÁ/JORNAL DO COMMERCIO
charlesnasci@yahoo.com.br

Se não é novidade para muitos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mantido a liderança para voltar a ocupar o cargo mais alto do país, em 2018, o estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, divulgado neste sábado (1), traz um dado que pode surpreender a muitos pelo poder que o petista exerce, ao menos nos pernambucanos: Lula, sozinho, reúne 65% das intenções de votos para uma possível candidatura à presidência em 2018.

Lula possui um percentual ao seu favor cerca de quatro vezes a mais do que os outros possíveis candidatos apresentados no balanço: Jair Bolsonaro (6%) foi o segundo mais lembrado, seguido de Marina Silva (6%), Geraldo Alckmin (1%), Aécio Neves (1%) e Ciro Gomes (1%). Os que não quiseram ou não souberam responder somam 9% e os que votariam em branco, nulo ou em nenhum totalizam 11%.

A região na qual Lula tem mais apoio é do São Francisco, com 90%, em seguida do Sertão (72%) e Agreste (71%). Na capital pernambucana, o petista seria o mais votado, hoje, com 53%. Na avaliação do coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira, esse número tende a crescer. “Quanto mais a pesquisa se aproxima do interior, mais Lula aumenta a intenção de votos. Como uma pessoa como Lula tem 90% na região do Sertão do São Francisco? As pessoas falam: quem fez por a gente foi Lula. Aqui é uma terra lulista”, salientou.

Outro ponto positivo, nas ponderações do cientista, é que Lula pode disputar uma eleição dizendo que não tem nada a ver com a crise. “Dilma saiu e os problemas foram para o colo de Temer. A única pessoa que personifica [na pesquisa] uma solução para tirar o Brasil da crise é Lula", pontuou. Adriano ainda explica que a tendência é que a classe média “volte” para o ex-presidente por conta da reforma da Previdência e da terceirização. De acordo com ele, “são temas que fazem o funcionalismo público reagir".

Nenhum voto para Temer

Na amostra, realizada com 2.014 entrevistados, nenhum deles votariam no presidente Michel Temer, caso ele pudesse ser candidato. O estudo foi feito com pessoas a partir de 16 anos, residentes no estado de Pernambuco. O nível estimado de confiança é de 95% e uma margem de erro estimada em 2,2 pontos percentuais.