DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM
charlesnasci@yahoo.com.br
Com o objetivo de "romper o silêncio", discutir e promover a diversidade étnico-racial do país, o Projeto Afro Pérola Negra – criado, desenvolvido e coordenado no município de Casinhas pela professora Egmar Santos com o objetivo de atender a Lei nº 10.639/2003, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileiras nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares –, foi o grande destaque do Seminário de Educação Básica promovido pela Secretaria de Educação de Casinhas entre os dias 21 e 22 de julho, no Auditório do Colégio São Luiz.
O evento, cujo tema foi "Educação, Cultura e História na Perspectiva Afro-Brasileira", contou com a participação de especialistas nas áreas de História e Sociologia, além de militantes de movimentos negros como o pesquisador recifense Lepê Correia e o promotor de justiça da cidade de Surubim, Rinaldo Jorge, membro do GT/Racismo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que se comprometeram em apoiar e repassar conhecimentos sobre o tema para os professores participantes, com o objetivo de despertar neles o tamanho da importância das lutas pelo reconhecimento do "ser negro" e sua contribuição na formação da sociedade brasileira.
De acordo com a professora Egmar Santos, que também é membro da Comissão do Selo Unicef em Casinhas, "a iniciativa pedagógica em nosso município direcionada para o tema em questão teve mesmo início com a implantação do Afro Pérola Negra". O projeto contempla quatro escolas-pólo do município, tendo cada uma delas o seu próprio sub-tema: Escola Professor Daniel/Montado ("A Educação e as Relações Étnicos Raciais"); Escola Antonio Francisco de Paula/Bengalas ("O Brasil Redescobrindo suas Origens"); Escola São Luiz/Centro ("Valorização da Cultura Afro Brasileira e Indígena"); e Escola Luiz Ventura ("A Alma não tem Cor na Construção das Maravilhas").
Na abertura do seminário, a secretária de Educação de Casinhas, Verônica Geriz, mencionou, entre outros assuntos, a importância e os objetivos do evento, bem como parabenizou professores, alunos e escolas municipais envolvidas com o trabalho pedagógico desenvolvido, fez menção à trajetória dos palestrantes do evento e destacou a entrega de livros didáticos enviados para as escolas.
A participação da professora Rita, da Escola Antônio Francisco de Paula (Bengalas), caracterizada de “Nega Maluca”, foi, segundo a professora Egmar, outro ponto auge do seminário. Rita brincou com os professores, trouxe informações do nosso berço ancestral, a África, e anunciou o início da palestra com Severino Lepê.
Dono de múltiplos talentos, o palestrante Severino Lepê Correia, mais conhecido como Lepê Correia, é psicólogo, psicoterapeuta, terapeuta corporal, acupunturista, comunicólogo, ativista negro, pesquisador da cultura afro, jornalista, radialista, mestre em Filosofia e professor universitário (na foto acima com a professora “nega maluca” Rita), foi um dos destaques do evento (Fotos: Divulgação)
(Esta postagem foi alterada nesta quarta-feira (03/08), às 9h14, para acréscimos de informações)
Fragmento Bíblico
Há 9 minutos