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terça-feira, 27 de abril de 2021

Opinião: Vivendo o autismo

Abril Azul, mês de conscientização do autismo

Por IVANEIDE LIMA*
charlesnasci@yahoo.com.br

Com a prevalência crescente no número de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o termo autismo se tornou mais sonoro. A condição do autismo sempre vem para aqueles que vivem essa perspectiva de forma muitas vezes assustadora. O novo e o inesperado sempre causam um abalo, nos tira de uma linha muito sólida e equilibrada para um contexto totalmente diferenciado, e é assim que vem o autismo, como um desafio.

O autismo não é nada romântico, é temido, é desafiador. Ciente do contexto social altamente competitivo, os desafios de lidar com a condição do TEA ou com qualquer outra situação que se faça necessário uma atenção redobrada, nos leva a um contexto que não nos resta outra opção qual seja buscar conhecer o mundo autista, metodologias, acompanhamentos terapêuticos, rotinas planejadas, especialistas, até mesmo histórias reais de superação de pessoas dentro do espectro autista que superaram dia após dia seus limites.

Aprendendo que cada autista vive sua individualidade, não há no mundo um ser humano igual ao outro, da mesma sorte não existe um autista igual a outro. Mesmo existindo características em comum, cada um vive sua própria narrativa de força e superação. O autismo, antes visto de forma tão distorcida e incompreendida, nos leva, como seres humanos, como pais, cuidadores, parentes, vizinhos ou educadores à busca da compreensão aos tidos anteriormente como diferentes, onde na verdade são dentro de suas especificidades seres tão raros, únicos e especiais.

Cabe a nós a busca de conhecimento como expectadores e participantes da condição autista, cabe a nós apenas incentivar, amar, aceitar a dádiva que nos foi atribuída, amparando e crendo no desenvolvimento, no dom, na capacidade de nossos filhos(as) independente da condição típica ou atípica apresentada. Crer e estimular, para que nossos filhos possam ter melhores perspectivas e qualidade de vida.

Curiosidades:

LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012, Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Lei 13.977, de 8 de janeiro de 2020, conhecida por Lei Romeo Mion, que instituiu a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), a ser expedida gratuitamente pelos órgãos responsáveis pela execução da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno

Leis criadas e virtude da busca de pais que idealizaram melhores condições para seus filhos dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA), em meio ao contexto social.

*Ivaneide Lima é casinhense, mãe de um autista e colaboradora do Blog Mais Casinhas.