Da VEJA - Daniel Pereira
charlesnasci@yahoo.com.br
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Desde o início de 2022, Bolsonaro tem recuperado popularidade e diminuído a diferença para Lula. Levantamento do PoderData, a partir de entrevistas colhidas entre os dias 10 e 12 de abril, mostrou o petista com apenas 5 pontos percentuais de vantagem sobre o ex-capitão. Já uma sondagem do Ipespe revelou que no Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, os dois favoritos estão em situação de empate técnico, considerando a margem de erro: o ex-presidente tem 34% e o atual mandatário 30%.
Bolsonaro cresceu embalado por medidas do governo destinadas a turbinar a economia e ajudar a população a enfrentar a crise econômica, como o Auxílio Brasil, a antecipação do pagamento de 13º salário a aposentados e pensionistas e a autorização para saque de 1 000 reais nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Outras ações de apelo popular estão em gestação. De cima de seu salto alto, o PT ignorou o poder da caneta presidencial, arma eleitoral que manejou durante 13 anos.
Lula também deu sua contribuição a Bolsonaro ao fazer uma sucessão de declarações desastradas do ponto de vista eleitoral. Além disso, como ocorre desde que deixou a prisão, o petista só prega para convertidos, de artistas a trabalhadores sem terra, passando por sindicalistas. Seu aceno mais visível ao centro foi a escolha do antigo rival Geraldo Alckmin, que trocou o PSDB pelo PSB, para o cargo de vice. Fora isso, sua campanha não saiu do cercadinho, está restrita aos companheiros de sempre e parada no tempo e no espaço, enquanto Bolsonaro avança com a força da máquina pública.
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