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domingo, 27 de maio de 2012

Coluna "Anotações da minha mãe"

Vida vivida (Parte II)

Por Maria Borges de Lima/Especial para o Blog*

Antigamente, no Diogo, quando as águas da cheia baixavam e o rio ficava mais limpo, minha já falecida mãe, que não podia comprar um "jereré", ia pro mato e arrancava um "pau de jucá" – que é um tipo de pau que enverga, mas não quebra –, dobrava ele na forma de um arco, amarrava em volta dele um mosquiteiro velho e mandava a gente ir pro rio pescar. Pescava-se guarú, piaba, cará, cumatã, traíra, muçu, gundelo, jundiá e até carito (ou "chupa-pedra"). Quando chegava em casa, 'mãe' separava os peixes: com os guarús, que são bem pequenos, por exemplo, ela preparava um molho com "bolinhos de índio" e tomates pequenos; em seguida moía milho no ‘velho moinho’ e fazia um angu, que era pra gente poder almoçar. Era muito gostoso.

Aliás, aqui a gente só saboreava coisa boa, de hortaliças a legumes e frutas, tudo muito fresquinho; as frutas, tiradas na hora do pé, as hortaliças arrancadas na hora da terra, os legumes colhidos na hora. A manga, quando tava bem madurinha, a gente chupava fazendo um furinho nela e espremendo na boca, deixando escorrer a polpa.

Os meninos iam pra debaixo dos 'pés' de caju e começavam a chupar. E quando a gente olhava pra eles só avistava dois 'floquinhos' brancos, que eram os olhos, porque os corpos ficavam manchados com a nódoa do caju que descia pelas barrigas deles; eles corriam sobre a areia e o pó ia grudando neles, alguns bem 'buxudinhos', com um 'grude' que começava da cabeça e ia até os pés. Eles também 'capavam' o caju, o que significa dizer que retiravam a castanha, que é a fruta, e deixavam o caju no cajueiro. Quando os donos dos 'sítios' davam conta do que acontecia ficavam furiosos, com toda razão, mas geralmente perdoavam, porque já era quase que como uma 'tradição' no lugar.

Já 'cacei' tanta lenha nas matas. Eu levava pra casa, que era pra poder fazer fogo no 'fogão de barro' e cozinhar nas 'panelas de barro'. E quanta coisa boa se preparava pra comer na época (e ainda hoje também!): buchada, miudinho, sarapatel, cuscuz, angu, pamonha, canjica, milho assado e cozido, tapioca e beijú, munguzá e sabonga, molho de brêdo e de guarú, tanajura frita na banha de porco e, o que eu mais gostava, feijão 'verdinho' misturado na farinha de mandioca bem fresquinha.

Não me arrependo de morar aqui até hoje, mas confesso que lamento muito o fato de não podermos mais tomar banho no rio hoje em dia, devido à poluição. Quando tinha 10 anos de idade, lembro-me como se fosse hoje, eu tomava banho no rio e brincava de "galinha gorda". A gente jogava uma pedra dentro do rio, corria pra dentro e mergulhava até o fundo pra procurar a pedra. Aquele que conseguisse achá-la primeiro seria o "príncipe" ou a "princesa". Antes de 'sacudir' a pedra e durante todo o restante daquele dia, a gente gritava:
"Galinha gorda!/
Gorda é ela!/
Qual a melhor parte dela?/
É a titela!/
Então vamos comer ela!"

Era tudo muito divertido. Durante a parte da noite a gente brincava de "grilo", de "anel", de "esconde-esconde" e de "academia"; brincava com 'bolinha de gude', com 'pião' e 'papagaio'. (Continua no próximo domingo)

Perfil de político:
"Conquistar vitórias e sucessos. Arrancar sorrisos, cumprimentos, apertos de mão, abraços, não falar mentiras em cima de palanque e não fazer promessas, mas sim fazer de tudo para ganhar a confiança dos eleitores com moral e caráter. Enfim, mostrar segurança e provar que é capaz de vencer e ajudar o seu povo. É isso o que eu espero de um político" (Maria Borges)

*Maria Borges de Lima é mãe do blogueiro. Autodidata, curte pintar, escrever crônicas, pensamentos e poesias e, desde o último domingo (20), passou a assinar uma coluna semanal aqui no Blog

domingo, 20 de maio de 2012

Coluna "Anotações da minha mãe"

Da redação do +CASINHAS.COM

charlesnasci@yahoo.com.br

A partir de hoje, como prometi, o Blog abre espaço para divulgar as "anotações da minha mãe". Um quadro semanal dedicado aos escritos de Maria Borges de Lima, minha genitora. Na estreia, marcada pela data do seu aniversário, confira a 1ª parte de uma crônica intitulada "Vida vivida", onde ela descreve com riqueza de detalhes uma série de lembranças da sua infância e juventude. Boa leitura! 

Vida vivida - Parte I

Por Maria Borges de Lima*

Inesquecíveis recordações da minha infância, do meu lugar, a comunidade do Diogo, no município de Casinhas... Sei que talvez ninguém esteja interessado em querer saber disso, mas mesmo assim, a pedido do meu filho, vou contar... só um pouquinho. Eu sou natural da Paraíba, onde nasci e lá vivi um 'pedacinho' da minha vida. Depois vim morar em Surubim, no estado e Pernambuco, onde também vivi outro 'pedacinho'. Em seguida, cheguei no 'antigo' Diogo – 'antigo', porque na época a paisagem era outra e, hoje, tudo mudou. 

Antes o que existia era uma 'buêra' – era mesmo assim que se chamava a passagem molhada na época – e, com o passar do tempo, colocaram três tubos por onde a água passava, mas sempre que havia alguma 'cheia' – era assim que a gente chamava as enchentes –, os lixos e os 'munturos' que as águas arrastavam rio abaixo entupiam e tapavam os tubos; o nível da água subia até represar e cobrir a 'buêra'. Neste momento era um 'deus nos acuda' porque a água invadia os quintais, as 'vagens', os sítios e... as granjas. 

Lembro-me, parece que foi hoje, que houve uma grande enchente, que chegou a arrastar alguns homens e a invadir uma granja da comunidade. Essa granja pertencia ao senhor Nezinho, já falecido. A 'buêra' ficava na parte mais baixa da comunidade e, ao seu lado, havia uma grande pedra e um lindo 'pé de juá'. Me lembro que minha mãe e meu pai criavam porcos e, como a cheia chegava de repente, muitas vezes não dava tempo de salvá-los. Então, ia embora porco, galinha, tudo. A gente via também cavalo e boi sendo arrastado pelas águas. 

Mas, voltando à granja de 'seu Nezinho', imaginem a cena: de repente, pra onde a gente olhava na direção do rio só via aquilo tudo branco. Eu tinha um irmão chamado Paulinho, que já faleceu. Lembro que ele foi o primeiro morador a pegar um saco e correr pra 'buêra' pra 'pescar galinha'; ele ainda chegou a 'apanhar' uns três sacos, apesar de termos sentido muito a perda que foi pra 'seu Nezinho'. Mas foi irresistível ver tanta galinha boiando rio abaixo – elas estavam frescas e se debatiam muito – e não tentar salvar alguma pra... vocês sabem! 

Nesse dia muitos moradores pegaram galinha; lembro da minha mãe, dona Nêm, depenando, limpando, salgando e pendurando a carne em uma corda, sob o sol, no outro dia. A enchente foi embora e deixou tristeza pra duas famílias da comunidade, que choraram a morte por afogamento, dos senhores Manoel Paulino e "Nêgo Véio". Agora, verdade seja dita: pra muita gente foi só alegria passar umas quatro semanas saboreando galinha na brasa, com fava, 'sabonga' e farinha de milho. (Continua na próxima semana)

*Maria Borges de Lima é mãe do blogueiro e, a partir de hoje, e sempre aos domingos, passa a assinar uma coluna de crônicas aqui no Blog 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A realidade da Gestão Pública

Por Marilene Firmo (Exclusivo para o Blog)*

charlesnasci@yahoo.com.br

Um dos principais problemas da Gestão Pública hoje é o fato de muitas pessoas estarem desempenhando uma função pública, mas sem terem consciência de que no Serviço Público o interesse público deve estar acima do interesse particular, e acontece justamente o contrário: o interesse particular é o que predomina. Muitos que estão na função de chefia, principalmente, seja qual for o grau de responsabilidade e de comandados, esquecem que não "são", apenas "estão", e o "estar" é passageiro. 

Se apegam, se apossam e se consideram donos da verdade, do poder. Tem chefes que não conseguem entender o sentido da palavra diálogo, são extremamente autoritários e sempre se consideram com a razão. Esses são os mais perigosos para a Administração Pública, se constituem verdadeiras barreiras, entrave mesmo, e que por causa dessas pessoas as coisas não andam, ou seja, o setor público perde muito, por caminhar a passos lentos.

Tem mais um problema: como se concebe que no serviço público não haja interação entre os setores, se estão interligados uns aos outros? A falta de comunicação entre os setores decorre da falta de organização administrativa, aliás, da ausência de uma Gestão Democrática e responsável, onde cada setor se conscientize da sua importância e de sua responsabilidade. Mas a independência destes não deve significar individualismo, como frequentemente ainda acontece, já que, no fim, o trabalho de todos de forma independente, mas integrados, contribui para o desenvolvimento da gestão pública. 

Todavia, muitas pessoas também não se conscientizam dessa realidade. Principalmente quem está há muito tempo na função pública fazendo as coisas de maneira ultrapassada, não concebe receber ideias, sugestões, orientações de outras pessoas, inclusive mais jovens às vezes; porque se consideram bastante experientes e não abrem mão de conhecimentos que, na maioria das vezes, não se validam mais. Pessoas com ideias obsoletas não deveriam estar mais na função pública, ao menos que se conscientizassem que devem se atualizar e acompanhar as mudanças do setor.

Outra coisa que é no mínimo absurda são os funcionários que se consideram indispensáveis, insubstituíveis (a maior ignorância de um ser humano está nisso), e que agem assim por consentimento de sua própria chefia, que os coloca nessa condição, e isso acaba se tornando um fato: na ausência destes, caso um servidor necessite de uma solicitação, corre o risco de não ser atendido e ter que voltar em outra oportunidade. Nesse caso, se concretiza o desrespeito ao direito das pessoas, no caso dos servidores, de não serem atendidos em suas necessidades no momento em que necessitam. Como pode isso acontecer, se estamos no século XXI, o século da informação sem fronteiras, principalmente da possibilidade de acessibilidade e transparência que deve permear a função pública?

E por falar em transparência, acredito que a burocratização é importante para que esta realmente aconteça. A burocratização, como exigência do setor público na prestação de contas, contribui para a transparência, mas acho que ainda há muito que melhorar, pois muitos agentes públicos ainda encontram brechas para driblar a lei e fraudar. Acredito mesmo na rigidez burocrática e na cobrança aos gestores públicos sobre a aplicação dos recursos que chegam. Mas a burocratização, com relação aos servidores, deveria ser diferenciada, de forma que estes fossem atendidos no menor tempo possível. Não é uma utopia, é algo que pode se concretizar. Enfim, todos os problemas da Administração Pública podem ser solucionados quando o interesse público estiver acima do interesse particular, enquanto isso, quem já tem consciência, faça a sua parte.

"Não se iluda, pois no universo existe a Lei da Ação e Reação. Tudo o que fizermos hoje terá uma consequência amanhã, porque podemos enganar aos homens, mas não a Deus".

*Marilene Firmo, jornalista, cursando Especialização em Gestão Pública

PS - Só um recado, como sempre atrasado, pros leitores: Marilene havia fechado com nosso Blog pra ficar assinando uma coluna semanal às segundas, mas, infelizmente, precisou adiar a 'coisa' para imergir em um concurso do Senado Federal. Mas prometeu continuar colaborando, como agora (e sempre que possível), com este espaço. Boa sorte, minha querida!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Direitos Autorais na Internet

DO BLOG DA UNIÃO DOS BLOGUEIROS EVANGÉLICOS, por Wilma Rejane - 08 de janeiro de 2011

charlesnasci@yahoo.com.br

Vez por outra sou surpreendida com artigo de minha autoria republicado por terceiros sem os devidos créditos. A primeira providência é entrar em contato com o editor do blog e tentar resolver da melhor maneira possível, mantendo a paz e quem sabe, ganhando um amigo.

Também já tive o desprazer de ver meus artigos plagiados sem o minímo de discrição. Este assunto é sério porque revela a personalidade, a ética e a moral no blogar. Se alguém é capaz de cometer tais atos no mundo virtual (que não deixa de ser real), que dirá no dia a dia, no convívio social ?

Pensando nisto, selecionei algumas dicas para munir os injustiçados de defesa. Sim, elas funcionam e se quisermos punir os maus, façamos uso dos nossos direitos, caso contrário, continuaremos sendo vitímas.

Como Saber Quem Copiou Meu Blog:

Você pode pesquisar a republicação de seus artigos digitando o título na página do google, esse método é bem simples, porém trabalhoso se seu artigo não ocupar as primeiras páginas do resultado da busca.  Uma outra dica é fazer uso do site Copyscape (www.copyscape.com), você só precisa digitar o endereço do seu blog e ele te mostrará uma lista de sites ou blogs que republicaram seus artigos.

Como Denunciar Plágio ou Cópia de Seus Artigos:

Acesse esta página de serviço do Blogger Lei de Direitos Autorais leia o texto atentamente e preencha os campos solicitados.

Por enquanto é só. Espero que tenham gostado das dicas. Deus os abençoe e vamos em frente, blogando honestamente.

Wilma Rejane.

Direitos Autorais na Internet II

DO BLOG DA UNIÃO DOS BLOGUEIROS EVANGÉLICOS, por Eliseu Antônio Gomes - 09 de janeiro de 2011


charlesnasci@yahoo.com.br


Para quem tem o hábito da leitura, é perceptível a diferença de estilos de composição. A Construção Sintática é o DNA do escritor, algo intransferível! 

Os vocábulos, as pontuações, os paragráfos... Existem regras da escrita para usá-los. E, o talento constrói estilos dentro da rigidez gramatical. O escritor talentoso, ao longo do tempo que escreve, desenvolve sua maneira pessoal de usar a Síntese, sem ferir a Gramática.

Imitar o estilo não é um erro, é natural. O poeta Vinícios de Moraes, certa feita, disse ter começado sua carreira assim.

É lógico que quando alguém copia o texto de outro alguém, está fazendo muito mais que imitar o estilo. Está se apropriando do jeito de ser e escrever de outrem e não apenas do conteúdo da mensagem, que poderá ser ou não a Palavra de Deus.

Quando uma pessoa copia o texto de terceiro, e subtrai a referência autoral, demonstra (mesmo não sendo a intenção) se passar como detentor (a) de um talento alheio. E também de ideias. E essa situação é extremamente negativa para si!

Portanto, acho que, no mínimo, ao publicar um artigo que não pertence ao nosso intelecto, precisamos apontar o nome de quem o produziu, é preciso dizer aos nossos leitores a quem pertence o crédito intelectual. Fazer isso nos livra de passar vergonha!

É um erro pensar que ao informar que outra pessoa criou o texto que publicamos nos diminui como blogueiro (a). É exatamente o extremo oposto disso.

Fazer menção da verdade demonstra qual é o nível da nossa ética, e constrói nossa credibilidade perante os internautas que nos lê. Não tira o nosso valor.