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A Folha de S.Paulo publicou neste domingo (16 de novembro) um obituário dedicado ao mestre Noé da Ciranda, natural da comunidade do Diogo, em Surubim, reconhecendo sua importância cultural e seu legado como o único cirandeiro do Agreste. A matéria, assinada por Adriano Alves na seção "Cotidiano", traz o título "Eternizou memórias em centenas de cirandas e poesias", e destaca depoimentos emocionados de familiares, além de contextualizar a contribuição de Noé para a cultura popular pernambucana.
A Folha de S.Paulo publicou neste domingo (16 de novembro) um obituário dedicado ao mestre Noé da Ciranda, natural da comunidade do Diogo, em Surubim, reconhecendo sua importância cultural e seu legado como o único cirandeiro do Agreste. A matéria, assinada por Adriano Alves na seção "Cotidiano", traz o título "Eternizou memórias em centenas de cirandas e poesias", e destaca depoimentos emocionados de familiares, além de contextualizar a contribuição de Noé para a cultura popular pernambucana.
O registro nacional, embora tardio, chamou atenção após ser compartilhado pelo jornalista Fernando Guerra, do Correio do Agreste. E expôs um incômodo evidente: nenhum dos grandes jornais tradicionais de Pernambuco noticiou sua morte, ocorrida em 30 de setembro. Nem televisão, nem imprensa escrita, se limitando a registros apenas no noticiário aqui da região, em rádios e blogs, inclusive aqui no Blog MAIS CASINHAS e li algo básico num Giro Blog, do Diario de Pernambuco. O silêncio é constrangedor e reforça a sensação de que alguns dos nossos próprios mestres só ganham o devido respeito quando vistos de fora.
>>Clique aqui e confira a matéria no portal da Folha de S.Paulo, também republicada aqui no blog — é só clicar aqui.
É simbólico — e triste — que o reconhecimento venha primeiro de um jornal de repercussão nacional, enquanto a mídia do próprio Estado ignorou um dos nomes mais importantes da ciranda. Como diria nosso cirúrgico Boris Casoy: "Isso é uma vergonha". Que o legado de Noé da Ciranda, contudo, siga pulsando onde sempre viveu: no povo, na memória, na cultura e nas rodas que ele ajudou a construir.







