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Fragmento Bíblico
Há uma hora
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segunda-feira, 25 de julho de 2011
sábado, 23 de julho de 2011
São João de Casinhas 2011: Oratório encerra, daqui a pouco, os festejos no município
charlesnasci@yahoo.com.br
Neste sábado (23), o distrito de Oratório encerra o circuito de festas que teve seu início no comecinho do mês de junho e que foram promovidas pela Prefeitura de Casinhas em quase todas as comunidades do município. Entre as atrações da festa, que começa a partir das 19h, apresentações de danças e quadrilhas juninas. O clima frio do lugar também será aquecido pelo som contagiante da banda Gingados do Forró.
22º Festival do Diogo: público razoável, apesar das chuvas
DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM
charlesnasci@yahoo.com.br
Apesar das chuvas que duraram todo o dia e noite do último sábado (16) em nossa região, o 22º Festival de Quadrilhas Juninas do Diogo conseguiu atrair um público considerado razoável pela organização do evento. E foi justamente por conta das chuvas que o concurso de quadrilhas foi um pouco prejudicado devido a ausência de três estilizadas que haviam confirmado participação no evento: Oroart, de Orobó, e Rosas Vermelhas e Bom’jart, ambas de Bom Jardim.
A disputa ficou restrita, então, às participações da veterana Zabumba, de Camaragibe, e da representante da cidade de Casinhas, Raízes da Terra - que entrou na programação na última hora e acabou vencendo o concurso. Quanto à parte de shows reservados para o evento, a reportagem do nosso blog ouviu alguns comentários de uma boa parte do público que participou da festa e ele foi unânime em afirmar que a banda local Gingados do Forró fez o melhor show da noite, ao contrário da atração principal, a banda Tarraxinha do Brasil, que foi considerada por muita gente como "a pior atração musical da festa até hoje". Confira um vídeo gravado durante a apresentação das quadrilhas:
sábado, 16 de julho de 2011
22º Festival do Diogo: programação do evento para a noite desta sexta (15) foi cancelada
DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM
charlesnasci@yahoo.com.br
A programação definida pela organização do 22º Festival de Quadrilhas do Diogo para a noite desta sexta-feira (15) – que sempre foi reservada para a apresentação de quadrilhas matutas da região – foi cancelada. De acordo com um dos organizadores do festival, Walter Borges, o motivo teria sido a falta de matutas disponíveis para participar do evento.
"Em duas semanas de procura, só conseguimos arranjar UMA quadrilha! Por esse motivo – e exclusivamente por esse motivo – decidimos, então, cancelar a programação da sexta, mantendo apenas a do sábado", informou. "Há oito anos que decidimos abrir um espaço no concurso também para as matutas, com o acréscimo de mais um dia na programação, antes reservada apenas para as estilizadas, mas que posso fazer? Infelizmente, é triste ter que admitir o que já parece notório e real: as tradicionais quadrilhas matutas da nossa região estão cada vez mais raras e chegando ao fim", lamentou.
Os shows com a banda Pegadas de Pantera e o cantor casinhense Damião Show também foram cancelados. Neste sábado (16) as quadrilhas OroArt (Orobó), Zabumba (Camaragibe), BomJart e Rosas Vermelhas (ambas de Bom Jardim) disputarão na categoria Estilizada, a partir das 20h.
charlesnasci@yahoo.com.br
A programação definida pela organização do 22º Festival de Quadrilhas do Diogo para a noite desta sexta-feira (15) – que sempre foi reservada para a apresentação de quadrilhas matutas da região – foi cancelada. De acordo com um dos organizadores do festival, Walter Borges, o motivo teria sido a falta de matutas disponíveis para participar do evento.
"Em duas semanas de procura, só conseguimos arranjar UMA quadrilha! Por esse motivo – e exclusivamente por esse motivo – decidimos, então, cancelar a programação da sexta, mantendo apenas a do sábado", informou. "Há oito anos que decidimos abrir um espaço no concurso também para as matutas, com o acréscimo de mais um dia na programação, antes reservada apenas para as estilizadas, mas que posso fazer? Infelizmente, é triste ter que admitir o que já parece notório e real: as tradicionais quadrilhas matutas da nossa região estão cada vez mais raras e chegando ao fim", lamentou.
Os shows com a banda Pegadas de Pantera e o cantor casinhense Damião Show também foram cancelados. Neste sábado (16) as quadrilhas OroArt (Orobó), Zabumba (Camaragibe), BomJart e Rosas Vermelhas (ambas de Bom Jardim) disputarão na categoria Estilizada, a partir das 20h.
Agremiações de Bom Jardim, Orobó e Camaragibe se apresentam, neste sábado, no 22º Festival de Quadrilhas do Diogo
DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM
charlesnasci@yahoo.com.br
O Festival de Quadrilhas Juninas do Diogo, que completa este ano sua 22ª edição, contará com a participação de quatro quadrilhas estilizadas do Estado: Zabumba, de Camaragibe, OroArt, de Orobó, e BomJart e Rosas Vermelhas, ambas de Bom Jardim.
Das quatro, OroArt e Zabumba já são bem conhecidas do público do festival, sendo que a primeira é bicampeã do concurso. Com "A Farinhada", tema da agremiação na temporada deste ano, a OroArt disputará o tricampeonato no Diogo em clima de despedida. "Fui informada pela dona da quadrilha que este será o último ano de apresentação deles. Por diversas razões, mas principalmente pela questão financeira", contou Jane Farias, uma das organizadoras do festival.
A Zabumba (cujo tema do ano é "Até que a morte os separe") é uma das maiores quadrilhas juninas de Pernambuco e sempre aparece entre as finalíssimas dos principais festivais do Estado. Já BomJart e Rosas Vermelhas farão sua estréia no festival. A disputa acontece neste sábado (16) a partir das 20h. As bandas Tarraxinha do Brasil e Gingados do Forró são as duas atrações musicais confirmadas para animar a festa.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Depois de Dilma, prefeito José Queiroz vai tentar convencer o ex-presidente Lula a visitar o ''São João'' de Caruaru
DO BLOG DE INALDO SAMPAIO
charlesnasci@yahoo.com.br
O prefeito José Queiroz (PDT) marcou um tento extraordinário ao conseguir trazer a presidente Dilma Rousseff para os festejos juninos de Caruaru, mas ainda não se deu por satisfeito. Segundo sua assessoria, até o próximo dia 29 (data de encerramento da programação) ele vai tentar trazer também o ex-presidente Lula, que em seus oito anos de mandato não veio nenhuma vez à “capital do Agreste” para participar dos festejos juninos. Para o prefeito, a passagem de Dilma por Caruaru representa um “ganho político” para a cidade, que costuma receber nesta época do ano cerca de 100 mil turistas.
sábado, 25 de junho de 2011
As antigas noites de São João
DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM
charlesnasci@yahoo.com.br
Que tal uma viajada até o tempo dos antigos festejos de São João em nossa região, através da leitura desta belíssima crônica que fui garimpar – mais uma vez – no precioso baú de arquivos da minha querida Diva Guerra?! O texto, como já deu pra perceber, foi escrito pelo filho de Casinhas Dídimo Gonçalves Guerra (i.m.), cujos escritos já me inspiraram anteriormente a realizar um vídeo de curta-metragem. Boa leitura e um feliz São João.
Noites de São João
– Prepara a lenha e coloca sobre travesseiros grossos que é tarde e está se aproximando a hora. Era a ordem que se ouvia. Ali e acolá escutávamos pancadas e cutiladas no preparo da madeira. A meninada movimenta-se logo, enchendo os terreiros do povoado, rodeando aquelas madeiras que dali a horas se transformariam em cinzas.
– Vai buscar o abano Maria. Procura cavaquinhos bem secos para auxiliar o fogo, José. Traz tições bem acesos que esquentem a fogueiras, Antônio! Em cada casa estava o seu montículo de lenha sobre o terreiro, esperando a hora aprazada. Os meninos alegres e satisfeitos corriam, brincavam e saltavam, cantando modinhas adequadas às noites que se iam celebrar. Chegavam pressurosos com o material necessário à queima da fogueira. Daí a pouco, só ouvíamos zunidos finos e a estalaria da lenha, como se daquelas hastes misturadas de rolos verdes e secos, postos sobre outros que iam ser tragados pelas chamas que se alastravam, saíssem reclamações.
À proporção que escurecia, apareciam à nossa vista, perto e à distância, tochas acesas, como se fossem grandes e pequenas estrelas, povoando a terra. O povo acreditava, como geralmente se dizia, que São João, nas noites de seu dia, visitava as casas em que se comemorasse e se festejasse o seu nome. E ninguém deixava de fazer a sua fogueira para esperar a visita do Santo. Nenhum era mais poderoso que São João, no dia do seu nascimento. Tudo quanto dele dependesse, devia lhe ser pedido nesse dia.
Aproximava-se a hora do café. Sobre mesas abastadas, pratos com canjica, pamonha, milho cozido, milho assado e bolos, inclusive pé-de-moleque. A meninada gulosa, apresentava olho grande para o milho assado. Estrondeava a fogueteria de seis da tarde em diante. Os claros, que já ao anoitecer divisávamos ao longe, pareciam ligeiros piscados de vagalumes grandes. De quando em quando, ouvíamos ao longe o ribombar da fuzilaria como se estivesse disputando palmo a palmo uma trincheira ou a tomada de um lugar. Eram os bacamarteiros que se divertiam comandados pelo seu regente.
Diziam os meninos em algazarras: – Já está na hora! Vamos soltar os nossos fogos? Vamos, vamos! Cada qual que do seu esconderijo trouxesse os seus. Um tição bem vivo era colocado perto, até se esgotarem um a um, os fogos que iam sendo tragados pelo fogo, formando assim, o cortejo alegre da criançada. Aqui, o pipocar do espanta-coió, assustava por se pensar que daquelas pequenas explosões partissem detritos que atingissem a vista. Ali, o chi, chi, chi de mosquitos. Acolá o chiar de rodinhas, presas por alfinetes nas pontas de varas finas. Acolá estrelinhas e chuveiros salpicando flores de luz, como se sobre focos luminosos, saísse chuvas finas.
Noutra parte, fósforos luminosos transformavam a nossa visão em cores amareladas e esverdeadas e, do outro lado, pistolas com as suas línguas de fogo despejavam, à distância, tochas acesas que sumiam lentamente. A meninada de vez em quando era advertida pelo chá, chá, chá dos busca-pés que passavam. A coisa ia piorar. Ao terminar, cada busca-pé, com a explosão final, ouvíamos logo: Quebrou! Quebrou! Quebrou!...
Os soltadores desses fogos de artifício não se davam por vencidos. Novos chás, chás, chás eram ouvidos. E aumentavam consideravelmente não só os buscapés como as reclamações daqueles que criticavam a brincadeira. A impressão era de uma verdadeira batalha, pelo números de faixas luminosas que cortavam o ar, cruzando-se e ziguezagueando-se constantemente. Dois grupos disputavam a primazia do terreno. A vitória ficava com quem possuísse maior quantidade de fogos necessários à luta. Por fim, o vencedor abandonava o terreno, em favor da meninada.
Começavam outras brincadeiras. Dançava-se ali e acolá, ao clarão dos pifós fumacentos a ao som das harmônicas. Cantavam violeiros com voz repuxada e fanhosa ao pinicado sonoro de suas violas. Noutra parte, as cantigas espairavam-se pelo espaço, ouvindo-se emboladas e cocos com o arrastar dos pés dos pares que se umbigavam. Sobre brasas vivas, espalhadas próximas à fogueira, passeavam os mais corajosos e descalços de uma para outra parte. Não se davam por incomodados.
Muitos aumentavam a fé no poder de São João. Nesse reboliço, moças desiludidas pela idade avançada ou por noivos abandonadas, faziam a experiência da faca na bananeira. No dia seguinte estava o nome, direitinho, do escolhido. Só nada viam, além de nódoas, as que não houvessem procurado o seu predileto. Pela sorte, eram lidos versos, de acordo com o número escolhido. E todos aguardavam com atenção o resultado. O candidato infeliz era criticado.
Numa bacia branca colocava-se água e, ao clarão da vela, os menos nervosos iam verificar lá no fundo a cara da sua cara. Às vezes, tinha-se impressão, o que devia acontecer aos outros, que não fossem meus, os olhos que estavam a me olhar. Havia quem temesse não ver a sua figura na água ali posta. Era morte certa ao que não visse o seu rosto lá no fundo da bacia. O que não visse bem visível, adoeceria gravemente. Lendas eram contadas sobre o que seria possível conseguir de São João nas suas noites. Coisas terríveis. O candidato arriscando-se a enfrentar os perigos e peripécias que se lhe aparecessem, tornar-se-ia perito na execução de qualquer instrumento musical. Tocaria por pauta, como diziam.
Precisava manter-se firme nos seus propósitos, não dando sinal de fraqueza. O que não quisesse seguir essa carreira podia tornar-se valente como ninguém. O seu corpo não seria atingido por cacete, faca ou bala. Devia ir ao local em que as estradas se cruzassem, à meia-noite em ponto. Ali aguardava o aparecimento do “Capeta” e com ele trocava umas rasteiras. Ai daquele que desse sinal de moleza ao ver o diabo! Uma semana seria insuficiente para limpar os vestígios desse recuo.
Apareciam os primeiros sinais do novo dia que ia raiar com o quebrar da barra. Parecia uma grande faixa, cobrindo o clarão do sol. Daí por diante, as brincadeiras iam se arrefecendo, até a conclusão final, com a retirada do povaréu para as suas casas. Para arrematar as festividades, os mais fervorosos ainda soltavam alguns foguetes de alta explosão. Era o “bomba real”, como chamavam.
Terminavam assim os festejos de São João, guardando-se como relíquias, em lugar próprio, restos de madeiras e cinzas das fogueiras, que seriam empregados para aplacar a natureza nas tempestades. Ao amanhecer, a terra estava coberta por um grande manto de fumaça cor de neve que se estendia à nossa vista, envolvendo as elevações como que encerrando os festejos de São João.
*Escrito por Dídimo Gonçalves Guerra em 1948
charlesnasci@yahoo.com.br
Que tal uma viajada até o tempo dos antigos festejos de São João em nossa região, através da leitura desta belíssima crônica que fui garimpar – mais uma vez – no precioso baú de arquivos da minha querida Diva Guerra?! O texto, como já deu pra perceber, foi escrito pelo filho de Casinhas Dídimo Gonçalves Guerra (i.m.), cujos escritos já me inspiraram anteriormente a realizar um vídeo de curta-metragem. Boa leitura e um feliz São João.
Noites de São João
– Prepara a lenha e coloca sobre travesseiros grossos que é tarde e está se aproximando a hora. Era a ordem que se ouvia. Ali e acolá escutávamos pancadas e cutiladas no preparo da madeira. A meninada movimenta-se logo, enchendo os terreiros do povoado, rodeando aquelas madeiras que dali a horas se transformariam em cinzas.
– Vai buscar o abano Maria. Procura cavaquinhos bem secos para auxiliar o fogo, José. Traz tições bem acesos que esquentem a fogueiras, Antônio! Em cada casa estava o seu montículo de lenha sobre o terreiro, esperando a hora aprazada. Os meninos alegres e satisfeitos corriam, brincavam e saltavam, cantando modinhas adequadas às noites que se iam celebrar. Chegavam pressurosos com o material necessário à queima da fogueira. Daí a pouco, só ouvíamos zunidos finos e a estalaria da lenha, como se daquelas hastes misturadas de rolos verdes e secos, postos sobre outros que iam ser tragados pelas chamas que se alastravam, saíssem reclamações.
À proporção que escurecia, apareciam à nossa vista, perto e à distância, tochas acesas, como se fossem grandes e pequenas estrelas, povoando a terra. O povo acreditava, como geralmente se dizia, que São João, nas noites de seu dia, visitava as casas em que se comemorasse e se festejasse o seu nome. E ninguém deixava de fazer a sua fogueira para esperar a visita do Santo. Nenhum era mais poderoso que São João, no dia do seu nascimento. Tudo quanto dele dependesse, devia lhe ser pedido nesse dia.
Diziam os meninos em algazarras: – Já está na hora! Vamos soltar os nossos fogos? Vamos, vamos! Cada qual que do seu esconderijo trouxesse os seus. Um tição bem vivo era colocado perto, até se esgotarem um a um, os fogos que iam sendo tragados pelo fogo, formando assim, o cortejo alegre da criançada. Aqui, o pipocar do espanta-coió, assustava por se pensar que daquelas pequenas explosões partissem detritos que atingissem a vista. Ali, o chi, chi, chi de mosquitos. Acolá o chiar de rodinhas, presas por alfinetes nas pontas de varas finas. Acolá estrelinhas e chuveiros salpicando flores de luz, como se sobre focos luminosos, saísse chuvas finas.
Noutra parte, fósforos luminosos transformavam a nossa visão em cores amareladas e esverdeadas e, do outro lado, pistolas com as suas línguas de fogo despejavam, à distância, tochas acesas que sumiam lentamente. A meninada de vez em quando era advertida pelo chá, chá, chá dos busca-pés que passavam. A coisa ia piorar. Ao terminar, cada busca-pé, com a explosão final, ouvíamos logo: Quebrou! Quebrou! Quebrou!...
Os soltadores desses fogos de artifício não se davam por vencidos. Novos chás, chás, chás eram ouvidos. E aumentavam consideravelmente não só os buscapés como as reclamações daqueles que criticavam a brincadeira. A impressão era de uma verdadeira batalha, pelo números de faixas luminosas que cortavam o ar, cruzando-se e ziguezagueando-se constantemente. Dois grupos disputavam a primazia do terreno. A vitória ficava com quem possuísse maior quantidade de fogos necessários à luta. Por fim, o vencedor abandonava o terreno, em favor da meninada.
Começavam outras brincadeiras. Dançava-se ali e acolá, ao clarão dos pifós fumacentos a ao som das harmônicas. Cantavam violeiros com voz repuxada e fanhosa ao pinicado sonoro de suas violas. Noutra parte, as cantigas espairavam-se pelo espaço, ouvindo-se emboladas e cocos com o arrastar dos pés dos pares que se umbigavam. Sobre brasas vivas, espalhadas próximas à fogueira, passeavam os mais corajosos e descalços de uma para outra parte. Não se davam por incomodados.
Muitos aumentavam a fé no poder de São João. Nesse reboliço, moças desiludidas pela idade avançada ou por noivos abandonadas, faziam a experiência da faca na bananeira. No dia seguinte estava o nome, direitinho, do escolhido. Só nada viam, além de nódoas, as que não houvessem procurado o seu predileto. Pela sorte, eram lidos versos, de acordo com o número escolhido. E todos aguardavam com atenção o resultado. O candidato infeliz era criticado.
Numa bacia branca colocava-se água e, ao clarão da vela, os menos nervosos iam verificar lá no fundo a cara da sua cara. Às vezes, tinha-se impressão, o que devia acontecer aos outros, que não fossem meus, os olhos que estavam a me olhar. Havia quem temesse não ver a sua figura na água ali posta. Era morte certa ao que não visse o seu rosto lá no fundo da bacia. O que não visse bem visível, adoeceria gravemente. Lendas eram contadas sobre o que seria possível conseguir de São João nas suas noites. Coisas terríveis. O candidato arriscando-se a enfrentar os perigos e peripécias que se lhe aparecessem, tornar-se-ia perito na execução de qualquer instrumento musical. Tocaria por pauta, como diziam.
Precisava manter-se firme nos seus propósitos, não dando sinal de fraqueza. O que não quisesse seguir essa carreira podia tornar-se valente como ninguém. O seu corpo não seria atingido por cacete, faca ou bala. Devia ir ao local em que as estradas se cruzassem, à meia-noite em ponto. Ali aguardava o aparecimento do “Capeta” e com ele trocava umas rasteiras. Ai daquele que desse sinal de moleza ao ver o diabo! Uma semana seria insuficiente para limpar os vestígios desse recuo.
Apareciam os primeiros sinais do novo dia que ia raiar com o quebrar da barra. Parecia uma grande faixa, cobrindo o clarão do sol. Daí por diante, as brincadeiras iam se arrefecendo, até a conclusão final, com a retirada do povaréu para as suas casas. Para arrematar as festividades, os mais fervorosos ainda soltavam alguns foguetes de alta explosão. Era o “bomba real”, como chamavam.
Terminavam assim os festejos de São João, guardando-se como relíquias, em lugar próprio, restos de madeiras e cinzas das fogueiras, que seriam empregados para aplacar a natureza nas tempestades. Ao amanhecer, a terra estava coberta por um grande manto de fumaça cor de neve que se estendia à nossa vista, envolvendo as elevações como que encerrando os festejos de São João.
*Escrito por Dídimo Gonçalves Guerra em 1948
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Confira, em imagens, como foi o arraiá da Academia das Cidades de Casinhas
DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM
charlesnasci@yahoo.com.br
Com o tema "A colheita junina", a Academia das Cidades de Casinhas e a Biblioteca Pública da cidade se uniram para realizar um belíssimo “arraiá” na última segunda-feira (20). Na programação junina oficial da Prefeitura de Casinhas, no entanto, o evento só aconteceria em julho. "A realização dessa festa, na programação divulgada pela Secretaria de Educação, ficou marcada para o dia 20 de julho, mas desde o início ela estava marcada para do dia 20 deste mês. Foi um pequeno erro de digitação mesmo", explicou para a nossa reportagem a coordenadora da Academia das Cidades, Maria de Jesus Almeida. A festa teve início por volta das 16h30 e contou com apresentações de danças com grupos da própria academia, do CCA1 e do Colégio São Luiz, além da quadrilha de idosos que representou a biblioteca. Confira as fotos:
Anotados na festa, a presidente da Câmara de Vereadores de Casinhas, Maria Pires, as secretárias Verônica Geriz (Educação) e Ediluce Leal (Saúde), além do coordenador pedagógico Givanildo Melo e a assistente social Ana Karla.
Fotos: Maria de Jesus Almeida/Arquivo Pessoal/Divulgação (Esta postagem foi alterada neste sábado (25) para acréscimos de informações)
charlesnasci@yahoo.com.br
Com o tema "A colheita junina", a Academia das Cidades de Casinhas e a Biblioteca Pública da cidade se uniram para realizar um belíssimo “arraiá” na última segunda-feira (20). Na programação junina oficial da Prefeitura de Casinhas, no entanto, o evento só aconteceria em julho. "A realização dessa festa, na programação divulgada pela Secretaria de Educação, ficou marcada para o dia 20 de julho, mas desde o início ela estava marcada para do dia 20 deste mês. Foi um pequeno erro de digitação mesmo", explicou para a nossa reportagem a coordenadora da Academia das Cidades, Maria de Jesus Almeida. A festa teve início por volta das 16h30 e contou com apresentações de danças com grupos da própria academia, do CCA1 e do Colégio São Luiz, além da quadrilha de idosos que representou a biblioteca. Confira as fotos:
As delícias do São João
Nas festas Juninas…a vedete é o milho.
Assado na fogueira, na própria palha… cozinhado…com um toque de manteiga.
Alguns dos tradicionais quitutes feitos de milho:
A nossa canjica com toque de canela, conhecida no sudeste como curau… grande tradição…
A pamonha…que pode ser doce com leite de côco..ou salgada…
O bolo de milho verde, bolo de fubá de milho…
O mungunzá…..que no sudeste é conhecido como canjica… pode ser feito com milho amarelo ou milho branco…quentinho…com canela povilhada…é tudo de bom!!
O tradicional cuscuz, que acompanha o nordestino quase todos os dias,também é presença nas mesas Juninas.
(Do Blog do colunista João Alberto)
(Do Blog do colunista João Alberto)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
São João de Casinhas 2011: confira os festejos da semana no município
charlesnasci@yahoo.com.br
Nesta quinta-feira, 23, véspera de São João, a comunidade da Vila Chêus, promove seu tradicional “arraiá”, a partir das 19h. Entre as atrações, apresentações de quadrilhas juninas (entre elas, a “Balança Mas Não Cai”, representando a comunidade) e um show com a Banda Gingados do Forró.
Amanhã, 24, será a vez da comunidade vizinha, o Diogo, também acender sua fogueira, ao som de muito forró e ciranda. A festa, que também marcará o encerramento do novenário junino da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, será organizada pela Associação de Assistência Comunitária do Diogo (Ascomd). “A ideia de realizar um evento que resgatasse um pouco dos festejos juninos que eram realizados no passado, aqui no Diogo, surgiu na última reunião da nossa entidade. Mobilizamos a comunidade e procuramos a Secretaria de Educação do município, que prontamente incluiu o evento dentro da programação oficial deste ano no município”, informou o presidente da Ascomd, Orlando Sales. Danças, quadrilhas infantil e improvisada, barraca de comidas típicas, sorteio de brindes e um show com Noé da Ciranda e Grupo Rosa Branca serão algumas novidades da festa, que começará a partir das 20h.
No sábado, 25, os festejos acontecem nas comunidades de Bengalas (leia-se Escola Antônio Francisco de Paula) e Catolé de Fátima. Além de apresentações de danças e quadrilhas juninas, em Bengalas haverá show com a banda Mistura Fina, enquanto no Catolé quem promete animar os forrozeiros de plantão é a banda Gingados do Forró. Confira a programação completa do São João de Casinhas 2011 clicando no link abaixo:
http://maiscasinhas.blogspot.com/2011/05/prefeitura-de-casinhas-anuncia.html
Veja fotos da visita da presidente Dilma a Caruaru
DO +AB
charlesnasci@yahoo.com.br
O saguão do aeroporto de Caruaru foi transformado em sala vip para receber a presidente Dilma Rousseff, no início da noite desta quarta-feira (22). Do local, ela seguiu para o Alto do Moura e depois participou de uma jantar na casa do prefeito José Queiroz. Após o jantar, a presidente foi para o pátio do forró.É a segunda vez que Dilma vai ao São João de Caruaru. A primeira vez foi ainda na condição de ministra chefe da Casa Civil.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Um jeitinho improvisado para tentar impressionar Dilma
charlesnasci@yahoo.com.br
A vinda de Dilma a Caruaru hoje e não amanhã, véspera do São João, provocou um grande tumulto. Na programação musicial de hoje no Pátio do Forró não havia nenhuma estrela da constelação forrozeira, capaz de atrair público. Daí, a dor de cabeça do prefeito José Queiroz (PDT).
No vira e mexe, o prefeito conseguiu fechar duas atrações para tentar garantir público e, assim, impressionar a presidente: Fala Mansa, forró estilizado e adorado pelos mais jovens, e Geraldinho Lins, que agrada ao apreciadores em geral dos festejos juninos.
Mas, mesmo assim, Dilma não verá no Pátio do Forró a multidão que viria numa véspera de São João, no caso dia 23, amanhã, o mais concorrido da programação de 30 dias. Por isso, tem muita gente fazendo figa para o pátio encher. Só desta forma, Dilma se impressionaria.
Dilma confirma a Eduardo Campos sua vinda a Caruaru
DO BLOG DE INALDO SAMPAIO
charlesnasci@yahoo.com.br
O governador Eduardo Campos recebeu, ontem (21), uma ligação da presidente Dilma Rousseff confirmando sua primeira visita a Pernambuco depois de eleita. Ela estará em Caruaru nesta quarta-feira (22) e não mais no dia 23, como havia sido divulgado anteriormente, para conferir os festejos juninos na Capital do Forró.
Dilma deverá participar de um jantar oferecido pelo prefeito José Queiroz e depois irá ao Pátio de Eventos. Os detalhes da visita, como o horário da sua chegada e os integrantes da comitiva, serão fechados hoje à tarde, em novo contato telefônico entre o governador e a presidente.
Eduardo falou com Dilma por volta das 10h, quando comandava uma reunião com os prefeitos das nove cidades da Mata Sul pernambucana que decretaram Estado de Calamidade Pública após as cheias de abril deste ano.
Será a segunda vez que Dilma prestigia a festa de São João em Pernambuco. A primeira foi em 2009, quando era ministra da Casa Civil. No ano passado, Dilma esteve em Caruaru, mas para uma carreata durante a Campanha eleitoral.
charlesnasci@yahoo.com.br
O governador Eduardo Campos recebeu, ontem (21), uma ligação da presidente Dilma Rousseff confirmando sua primeira visita a Pernambuco depois de eleita. Ela estará em Caruaru nesta quarta-feira (22) e não mais no dia 23, como havia sido divulgado anteriormente, para conferir os festejos juninos na Capital do Forró.
Dilma deverá participar de um jantar oferecido pelo prefeito José Queiroz e depois irá ao Pátio de Eventos. Os detalhes da visita, como o horário da sua chegada e os integrantes da comitiva, serão fechados hoje à tarde, em novo contato telefônico entre o governador e a presidente.
Eduardo falou com Dilma por volta das 10h, quando comandava uma reunião com os prefeitos das nove cidades da Mata Sul pernambucana que decretaram Estado de Calamidade Pública após as cheias de abril deste ano.
Será a segunda vez que Dilma prestigia a festa de São João em Pernambuco. A primeira foi em 2009, quando era ministra da Casa Civil. No ano passado, Dilma esteve em Caruaru, mas para uma carreata durante a Campanha eleitoral.
domingo, 19 de junho de 2011
Com direito a uma decoração típica da época, ceia junina e forró "pé de serra”, confira, em imagens, como foi o “arraiá” da Secretaria de Educação de Casinhas
DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.COM
charlesnasci@yahoo.com
A Secretaria de Educação de Casinhas (leia-se Verônica Geriz) realizou sua ceia junina na última sexta-feira (17). O cenário da festa, a fazenda próxima ao Parque & Haras RG, em Casinhas, não poderia ter sido mais agradável. Tudo perfeitamente dentro do clima da ocasião, com direito a uma minuciosa e bela decoração, muita pamonha, canjica, milho cozido e assado e, claro, um forró pé de serra ao vivo, daqueles que nem este blogueiro conseguiu resistir, ao ponto de arriscar uns passos com minha colega blogueira Egmar Santos.
Nossa secretária de Educação, Verônica Geriz, com o seu Chico (Foto: Charles Nascimento)
Egmar, aliás, deu um show à parte, animando e descontraindo a todos no comando da apresentação da festa. Anotados por nossa reportagem, estiveram por lá, entre outros, o secretário municipal de Administração e Finanças, Ivson Barbosa, a secretária municipal de Saúde, Ediluce Leal, a presidente da Câmara Municipal, Maria Pires, a vereadora Fátima do Sindicato e os vereadores Everaldo Barbosa e Florisvaldo Barbosa.
Fotos: Joana Darc/Divulgação (A postagem foi alterada nesta terça, 21, às 7h57, para acréscimo de informações)
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