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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Resistência de Marília Arraes coloca Pernambuco no centro da eleição

Diretório estadual do PT confirma candidatura de Marília Arraes e contraria decisão da Executiva Nacional
Marília insiste na candidatura apesar do
acordo costurado pela Executiva Nacional
(Foto: Divulgação/Reprodução)
De CARTA CAPITAL
charlesnasci@yahoo.com.br

A maioria do PT de Garanhuns seguiu as palavras do conterrâneo ex-presidente Lula quando o líder petista afirmou de Curitiba que se militasse em Pernambuco trabalharia pela confirmação da candidatura da vereadora Marília Arraes para concorrer ao governo do estado. Diante de uma administração que consideram desgastada, a preferência de diferentes setores da sociedade pela neta de Miguel Arraes se espalhou por diferentes regiões a ponto de colocar-se em condições de igualdade na disputa pelo comando da máquina pública e ameaçar o acordo nacional entre petistas e socialistas desenhado em São Paulo, que prevê a saída de jogo da petista em troca da neutralidade do PSB na eleição presidencial.

"A maioria dos 312 delegados está com Marília, segundo o estatuto a decisão do colegiado é soberana. Entraremos com recurso para garantir a sua candidatura", defende Marcus Aurélio Rodrigues, membro da executiva do PT de Garanhuns. O apoio das bases do PT em Pernambuco à candidatura própria foi confirmado em uma impressionante votação em favor de Marília. Na deliberação do diretório estadual, 230 delegados defenderam a participação da neta de Arraes na disputa, 20 foram contra e um se absteve. A decisão pode sofrer uma intervenção do PT federal, mas certamente haverá um alto custo político.

Do outro lado, direto do Palácio do Campo das Princesas, o governador Paulo Câmara (PSB) sonha com o acordo nacional que retiraria a candidatura própria do PT para perfilar-se junto à atual gestão e garantir a permanência dos socialistas no poder no estado há mais tempo liderado pelo partido no Brasil, desde 2007, data da primeira eleição do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo quando disputava as eleições presidenciais de 2014. A aposta de Câmara de afirmar que no estado só existem duas forças políticas antagônicas, uma alinhada ao presidente Michel Temer e outra opositora aos golpistas, encontra resistência junto ao eleitorado local, sobretudo relacionado ao campo progressista.

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