Cineasta João Marcelo lamenta morte de Noé da Ciranda e anuncia exibição de documentário em Surubim

Da REDAÇÃO
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O cineasta João Marcelo, diretor do documentário "Noé da Ciranda", manifestou pesar pela morte do mestre cirandeiro surubinense, ocorrida na última terça-feira (30 de setembro), no IMIP, em Recife, vítima de um câncer aos 72 anos. Em nota nas redes sociais, o premiado realizador destacou a importância cultural e pessoal do artista, que foi protagonista de seu filme.

"É com profundo pesar e um sentimento de imensa saudade que nos despedimos do nosso amigo poeta, Noé da Ciranda, protagonista do documentário que leva o seu nome. Nossa amizade começou há mais de 45 anos, nos campos de futebol dos campeonatos amadores de Surubim, e se fortaleceu ao longo do tempo. Noé era poesia feita de homem, alegria em pessoa, um coração bom que carregava a essência da cultura pernambucana", escreveu.

O documentário, exibido em festivais de destaque como o Festival Audiovisual Internacional ComuniCurtas, em Campina Grande (PB), e o Curta Taquary, em Taquaritinga do Norte (PE), imortalizou a trajetória do mestre cirandeiro. Para João Marcelo, a perda não é apenas cultural, mas também pessoal: "Perde Surubim um de seus grandes artistas. Perde Pernambuco um de seus maiores cirandeiros e perdemos todos nós, um amigo de alma rara. Que sua ciranda continue a rodar no plano espiritual".

Em homenagem ao artista, o filme "Noé da Ciranda" será exibido no próximo sábado (4 de outubro), às 19h, na Casa Grande Cachoeira do Taépe, Espaço Zé Paulino, na zona rural de Surubim, dentro da programação do evento "Mazurca Que Eu Quero Ver", que realiza a 1ª Mostra de Produção Audiovisual sobre Coco de Roda e Ciranda.

Orobó recebe festival de cinema com 48 produções independentes

Da REDAÇÃO
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O município de Orobó, no Agreste pernambucano, vai respirar cinema entre os dias 4 e 11 de outubro de 2025. A cidade recebe a IV edição da Orocine – Mostra Orobó de Cinema, que este ano traz como tema "Patrimônio e Memória em Cena". O evento, totalmente gratuito, promete ocupar ruas, praças e escolas com a exibição de produções independentes, além de debates, oficinas e rodas de conversa.

A mostra reafirma seu papel de democratizar o acesso ao audiovisual e fortalecer a produção que nasce fora dos grandes centros. Nesta edição, foram 689 filmes inscritos, com 48 curtas-metragens selecionados por uma curadoria especializada. As sessões serão presenciais e online, com itinerâncias em povoados e distritos, alcançando comunidades como Matinadas, Feira Nova e Chã do Rocha.

"O cinema do interior é forte, diverso e urgente. A Orocine nasceu do desejo de devolver ao nosso povo o direito de se ver na tela e de contar suas próprias histórias. Este ano, com o tema Patrimônio e Memória em Cena, buscamos resgatar e valorizar nossas origens", destaca o idealizador e coordenador geral Carlos Kamara.

PROGRAMAÇÃO DIVERSA

Serão sete mostras, entre competitivas e paralelas, exibindo produções pernambucanas e de outras regiões do país. Além das exibições, o público poderá participar de oficinas de formação, entre elas a de Direção de Arte, ministrada pela diretora de arte e artista visual Lia Letícia, que vai compartilhar experiências sobre pesquisa estética, referências criativas e processos de construção visual em cinema.

Outro destaque será o encerramento, em 11 de outubro, com a exibição especial do longa "Luiz Gonzaga – Légua Tirana" (2025), dirigido por Diogo Fontes e Marcos Carvalho. O filme revisita a infância e adolescência do Rei do Baião, dialogando diretamente com o tema desta edição.

REALIZAÇÃO

A Orocine é uma realização independente, com incentivo do Funcultura, produção da Âmbar Produtora e co-produção da Vital Cultural.

Informações e inscrições para oficinas: orocineformacao@gmail.com
Programação completa e novidades: @mostraorocine

Casinhas encerra Semana da Pessoa com Deficiência com passeio especial ao cinema e tarde de lazer no Shopping Carpina

Da REDAÇÃO
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A Prefeitura de Casinhas encerrou, nesta sexta-feira (29 de agosto), a programação da Semana da Pessoa com Deficiência com um momento de lazer e inclusão para cerca de 170 alunos do município. A atividade aconteceu no Shopping Carpina, na Mata Norte, onde os estudantes assistiram ao filme "Lilo & Stitch" no Cinema Centerplex, acompanhados por seus pais e responsáveis, além da equipe da Secretaria Municipal de Educação. A tarde foi marcada por alegria e descontração: após a sessão, teve ainda um lanche especial no Bob's e muita diversão no gamestation do centro comercial.

O vice-prefeito Lúcio Silva acompanhou de perto a atividade, ao lado da secretária de Educação, Sandreane Domingues, e destacou a importância da ação. "Foi um passeio muito especial com nossoas alunos atípicos e seus familiares, que trouxemos para uma sessão de cinema e uma tarde animada e divertida. Juntos, ao lado da prefeita Juliana de Chaparral, estamos fazendo vida na vida das pessoas atípicas, numa semana tão importante de inclusão para essas pessoas", disse.

Embora não tenha participado presencialmente, a prefeita Juliana de Chaparral fez questão de registrar em suas redes sociais a emoção de encerrar a semana com esse gesto de cuidado e inclusão. "Muita magia no escurinho do cinema com direito a pipoca e refrigerante. Depois, muita diversão no parquinho e um delicioso lanche com hambúrguer e batata frita. Encerramos assim, de forma leve e cheia de sorrisos, nossa Semana da Pessoa com Deficiência. Inclusão se faz com atitudes, com acolhimento, com amor, fazendo vida na vida das pessoas", escreveu.

Com uma programação que contou com palestras, atividades educativas e culturais ao longo da semana, o evento foi encerrado com esse passeio coletivo, reafirmando o compromisso da gestão municipal com a promoção da inclusão, da empatia e da convivência saudável no município de Casinhas.

Veja no vídeo:

Com imagens de Marcelinho Andrade

Metal pernambucano em destaque no Surubim Rock Celebration

Evento gratuito neste sábado reúne filme, bate-papo e discotecagem com foco na valorização da música pesada e da cena alternativa local

Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM

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Surubim recebe neste sábado (19 de julho), a partir das 19h30, mais uma etapa da programação do Surubim Rock Celebration, evento que celebra a música alternativa local durante o mês de julho. A programação especial terá com foco o heavy metal pernambucano e será realizada no espaço Reduto Coletivo, com entrada gratuita.

A noite começa com a exibição do documentário "Pesado – Que Som É Esse Que Vem de Pernambuco?", dirigido por Leo Crivellare e roteirizado por Wilfred Gadelha. O filme mergulha no universo do metal produzido no estado, abordando como esse estilo convive e dialoga com outras manifestações culturais e musicais de Pernambuco.

Após a sessão, o público poderá participar de um bate-papo com o roteirista Wilfred Gadelha, que compartilha os bastidores da produção e sua vivência com a cena pesada pernambucana. Encerrando a noite, Wilfred assume as pickups com o projeto PESADO DJ SET, uma discotecagem que promete fazer vibrar as estruturas com clássicos do metal, do punk e da música pesada produzida em Pernambuco.

Mais do que um festival, o Surubim Rock Celebration é um movimento de pertencimento, memória e resistência. A proposta é homenagear e resgatar a história da música alternativa em Surubim, conectando passado, presente e futuro da cena underground local.

"Dia de Preto" é o grande vencedor do Troféu Joia do Agreste na 6ª Mostra de Cinema de Surubim

Da REDAÇÃO
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O curta-metragem "Dia de Preto" (SP, 2023), dirigido por Beto Oliveira, foi o grande vencedor da 6ª edição da Mostra de Cinema de Surubim, levando o Troféu Joia do Agreste, prêmio concedido pelo Júri Popular. O evento, que valoriza produções de realizadores negros, pardos e indígenas, foi realizado entre os dias 23 e 27 de abril, com programação gratuita e descentralizada no município de Surubim, no Agreste de Pernambuco.

Idealizada pelo figurinista e diretor de arte Paulo Ricardo da Costa, a Mostra — também conhecida como AMOSTRAGEM — tem como missão apresentar a diversidade do cinema negro e indígena, com foco especial em curtas-metragens produzidos fora dos grandes centros urbanos. Nesta edição, a mostra exibiu 20 filmes, sendo sete deles na disputa pelo troféu, com o objetivo de formar novos públicos e fortalecer o cinema no interior do estado.

Entre os destaques da programação estiveram sessões realizadas na Praça da Chã do Marinheiro, na comunidade do Mimoso, e no Centro Cultural Dr. José Nivaldo, além de masterclasses, oficinas e encontros com realizadores. A sessão de encerramento, intitulada "Joia do Agreste, Resistência e Memória", trouxe muita emoção com a exibição dos curtas convidados e o anúncio oficial do vencedor pelo júri popular.

Além da premiação de "Dia de Preto", a noite de encerramento contou com a exibição de "Consuella", de Alexandre Figueirôa, e "O Martírio de Evandro", de Edvaldo Clemente, que esteve presente para apresentar seu documentário ao público. O Troféu Joia do Agreste, entregue ao filme vencedor, foi desenvolvido pelo artista plástico Giuliano Calife, reforçando a identidade cultural da mostra.

Entre os momentos mais enriquecedores do evento, destacou-se a masterclass "A Prática da Acessibilidade Comunicacional no Cinema", ministrada por Liliana Tavares, idealizadora da Mostra Ver Ouvindo. A acessibilidade, segundo os organizadores, é um dos pilares da mostra, que também promoveu outras oficinas formativas, como "Cinema e Identidade", com Alba Azevedo, e "Fazer Cinema é Contar Nossas Histórias", com o próprio idealizador Paulo Ricardo da Costa.

"Agradecemos a todos os realizadores que enviaram seus filmes para a nossa mostra. O grande número de inscrições recebidas reflete a intensidade da produção recente do nosso cinema de curta-metragem. Seguimos na tarefa de fazer da AMOSTRAGEM uma vitrine da diversidade e excelência do nosso trabalho", destacou Paulo Ricardo.

A VI edição da Mostra de Cinema de Surubim foi realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, reafirmando o papel das políticas públicas de fomento à cultura no fortalecimento do audiovisual no interior, e também contou com o apoio da Prefeitura de Surubim. "Nunca antes na história deste país aconteceu uma competitiva de cinema afrosurrealista. Que fique registrado nos anais da história: é AMOSTRAGEM", celebrou a Karma Zero Produções, responsável pela realização do evento.

Documentário "Feira de Surubim" percorre escolas da cidade e promove troca de saberes com estudantes

Da REDAÇÃO
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O documentário "Feira de Surubim", do realizador surubinense Marcílio Costa, está sendo exibido em uma verdadeira maratona com sessões lotadas nas principais escolas da área central do município, promovendo um importante diálogo com estudantes sobre a história e a cultura local. A obra, produzida pela GN Filmes e Docs — produtora do próprio diretor — contou com recursos da Lei Paulo Gustavo.

A série de exibições começou pela Escola Ana Faustina, com sessões nos turnos da manhã e da noite. "Foi uma alegria dividir informações e curiosidades com todos daquela escola", declarou Marcílio, ressaltando o entusiasmo com a receptividade do público.

Além da Ana Faustina, o filme também foi exibido na Escola ERNAF – Natalícia Figueiroa, no Bairro da Cohab II, na Escola Oliveiros de Andrade Vasconcelos, e na tradicional Escola Severino Farias (ERSEF). Nesta última, foram três sessões no turno da tarde, contemplando 14 turmas. "Contamos histórias, recebemos carinho, atenção e uma excelente acolhida de todos. Obrigado à ERSEF, que já se aproxima dos seus 50 anos de muitas histórias", completou o diretor.

Outra instituição contemplada foi a Escola Técnica Estadual Antônio Arruda de Farias (ETE), onde a exibição gerou grande envolvimento entre os estudantes. "Foi de grande importância, pois as turmas estavam todas atentas e participativas. Muitas histórias a gente pôde contar ali, além das opiniões e relatos vindos deles. Foi uma troca excelente de informações, com o cuidado e a preparação dos professores fazendo toda a diferença", destacou Marcílio.

Umbuzeiro celebra sua história com lançamento do novo documentário de Alex Alves

Da REDAÇÃO
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O município de Umbuzeiro, no Agreste da Paraíba, viveu uma noite histórica no último sábado (26) com o lançamento do documentário de curta-metragem "Umbuzeiro: Nossa Terra, Nossa História, Nossa Gente", reafirmando o compromisso da cidade com a valorização de sua memória e identidade cultural. O evento aconteceu na Sala de Cultura e reuniu autoridades, representantes da sociedade civil, artistas locais, estudantes e admiradores da cultura umbuzeirense.

Com roteiro, produção e direção de Alex Alves, o curta homenageia as tradições, personagens históricos e filhos ilustres do município, reforçando o orgulho de ser umbuzeirense. A produção foi viabilizada com 100% de patrocínio da Lei Paulo Gustavo Estadual. Em seu discurso, Alex destacou a importância dos incentivos culturais para a realização de projetos que preservem e valorizem a história local.

A programação da noite ainda contou com a reapresentação do filme "Globemaster 2: O Avião que Caiu em Umbuzeiro", também dirigido por Alex Alves e realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo Municipal 2023. A obra narra o trágico acidente aéreo ocorrido na Serra de Sapucaia, em 1968, emocionando novamente o público presente. As duas produções marcam um momento pioneiro no audiovisual de Umbuzeiro, abrindo caminhos para o fortalecimento da cultura local através do cinema.

Surubim respira cinema com a 6ª edição da Mostra Amostragem

Paulo Ricardo, idealizador do festival,
em entrevista na Rádio Integração FM

Da REDAÇÃO
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Surubim dá início, nesta quarta-feira (23), à 6ª edição da Mostra de Cinema - Amostragem, evento que movimenta o cenário cultural da cidade até o próximo domingo (27). Com uma programação inteiramente gratuita, o festival ocupa espaços do centro e das periferias com exibições de filmes, masterclasses, encontros com realizadores e, pela primeira vez, uma mostra competitiva. Idealizada pelo figurinista e diretor de arte Paulo Ricardo da Costa, profissional natural de Surubim com trajetória marcada por colaborações em longas premiados como Amarelo Manga, Árido Movie e A História da Eternidade, a mostra se consolida como uma importante plataforma de difusão do audiovisual brasileiro no interior de Pernambuco.

Em entrevista à Rádio Integração, Paulo destacou o amadurecimento do projeto. "A maior prova do crescimento da mostra é termos, pela primeira vez, uma mostra competitiva. E o mais bonito é ver filmes feitos em Surubim sendo exibidos, o que era impensável quando começamos. Naquela época, a cena audiovisual local era inexistente", relembra o idealizador. O destaque da edição é justamente a Mostra Competitiva Joia do Agreste, que reunirá sete curtas-metragens de diferentes estados e será julgada pelo público. O vencedor receberá o Troféu Joia do Agreste no encerramento, no domingo (27). A premiação homenageia a cidade, conhecida como a Capital da Vaquejada e terra de nomes como Chacrinha e Capiba.

Com incentivo da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo de Pernambuco e o apoio especial da Prefeitura de Surubim, o evento também promove oficinas de formação em escolas públicas e debates sobre a produção audiovisual em territórios periféricos. Além das exibições no Centro Cultural Dr. José Nivaldo, a mostra percorre espaços abertos como a Praça da Chã do Marinheiro e a comunidade rural do Mimoso, ampliando o acesso ao cinema fora dos grandes centros.

Veja a programação completa:

PROGRAMAÇÃO DIVERSA E REPRESENTATIVA

A Amostragem 2025 traz sessões com curtas e longas-metragens produzidos em diversos estados do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte. Entre os títulos em destaque estão O Trem do Soul, de Clementino JR, e O Martírio de Evandro, produção local de 1987 sobre o assassinato do sindicalista Evandro Cavalcanti. A curadoria prioriza obras que dialogam com questões sociais, identidade, memória e resistência, com atenção especial às narrativas de realizadores periféricos. A grade também contempla três masterclasses com temáticas como "Cinema e Identidade" e "Acessibilidade", esta última comandada por Liliana Tavares, do projeto Ver Ouvindo.

FORMAÇÃO DE PÚBLICO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA LOCAL

Mais do que exibir filmes, o objetivo da Mostra Amostragem é fomentar o gosto pelo cinema entre os moradores da cidade e revelar talentos locais. "Minha preocupação inicial era trazer para Surubim os filmes que nem sempre têm espaço de exibição, mesmo ganhando prêmios. Um filme brasileiro venceu o Oscar este ano, mas muitos desses trabalhos continuam invisíveis dentro do próprio país", reflete Paulo Ricardo. A Mostra de Cinema Amostragem segue até o domingo (27), quando será realizada a cerimônia de premiação. A expectativa é de público crescente e cada vez mais envolvido com a cultura cinematográfica.

Mostra de Cinema de Surubim chega à 6ª edição com programação gratuita

Sessões, masterclasses, encontros com realizadores e premiação recheiam a programação desse evento que fomenta o cenário audiovisual no agreste desde 2017

"Dia de Preto", um dos curtas selecionados
para a mostra surubinense

Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM
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Entre os dias 23 e 27 de abril, Surubim sedia a VI Mostra de Cinema - Amostragem, evento que ocupa espaços do centro e das periferias da cidade com uma programação totalmente gratuita dedicada à produção audiovisual brasileira. Idealizado pelo figurinista e diretor de arte Paulo Ricardo da Costa, o projeto é realizado com incentivo da Lei Paulo Gustavo e se consolida como uma importante ação de formação de público para o cinema no interior de Pernambuco.

A edição deste ano reúne quatro sessões de curtas-metragens, uma sessão de longas, masterclasses e encontros com realizadores, abordando especialmente a produção em territórios periféricos. O Amostragem tem se destacado por ampliar o acesso ao cinema fora dos circuitos comerciais e por aproximar o público do interior das diversas identidades retratadas na tela.

"Foi uma curadoria bastante difícil, porque há muitos trabalhos potentes sendo realizados no país. A Mostra vem revelando o quanto esses espaços são essenciais para fortalecer a cadeia produtiva do audiovisual brasileiro, principalmente aquele feito por pessoas negras. Também é notável o crescimento do público interessado nessas obras, sedento por se ver e se reconhecer nas narrativas que assistem", destaca Paulo Ricardo.

Paulo Ricardo da Costa, idealizador da mostra

Entre os destaques da programação estão as masterclasses, que convidam o público a refletir sobre o cinema brasileiro contemporâneo, suas identidades e desafios. Uma delas, "Fazer Cinema é Contar Nossas Histórias", será ministrada pelo próprio Paulo Ricardo da Costa. A atividade parte de sua trajetória de 30 anos no cinema, com foco na retomada do setor nos anos 1990 e sua relação com a redemocratização do país. A sessão inclui a exibição do documentário "Feira de Loré", dirigido por ele, e propõe uma reflexão sobre o papel do audiovisual na preservação da memória de Surubim e na construção de narrativas a partir dos territórios.

Cena do filme "Feira de Loré"

Já a masterclass "Cinema e Identidade", com Alba Azevedo, aborda a diversidade da produção cinematográfica nacional e discute a construção de uma identidade comum entre os realizadores. A atividade será dividida em três eixos: Cinema e Identidade Cultural, Os Processos de Realização Cinematográfica no Brasil e Pernambuco Falando para o Mundo, com estudos de caso e trechos de filmes.

Completando a programação formativa, a masterclass "A Prática da Acessibilidade Comunicacional no Cinema", com Liliana Tavares, propõe uma conversa sobre o uso de tecnologias assistivas, como Libras, audiodescrição e legendas para surdos e ensurdecidos (LSE). A proposta é pensar a acessibilidade não apenas como uma exigência técnica, mas como parte fundamental da estética e da linguagem cinematográfica.

Confira a programação:

23 de abril - Quarta-Feira

19h30: Sessão de curtas-metragem (Praça da Chã de Marinheiro)

-Faustina – Música Para Viver (SP, 2023, 4’) de Vitória Teixeira
-Enquanto dormes – Inédito (RN, 2024, 20’) de Igor Bezerra Ferreira
-Caça-palavras (MA, 2023, 15’) de Lívia Lima
-Memórias Severinas: Existimos porque contamos histórias (PE, 2024, 20’) de João Victor Rocha de Lima; Co-direção: Joelma Carla da Silva, João Marcelo, Selly Costa
-A menina que queria voar (BA, 2024, 20’) de Tais Amordivino

24 de abril - Quinta-Feira

9h: Masterclass: Cinema e Identidade, com Alba Azevedo (Escola Técnica Antônio Arruda Farias - ETE)

19h30: Sessão de curtas-metragem (Mimoso - Comunidade Rural)

-Mansos (MT, 2024, 20') de Juliana Segóvia
-O menino da pedra (PB, 2024, 18’) de Darley Matias
-Benzô (SP, 2024, 15’) de Letícia Andra
-O enterro de Biu – Inédito (PE, 2025, 20’) de Henrique Almeida
-Além das pipas (SP, 2023, 6’) de Thiago Oliveira

25 de abril - Sexta-Feira

13h30: Masterclass: Fazer Cinema é Contar Nossas Histórias, com Paulo Ricardo da Costa (EREM Severino Farias - Centro)

19h30: Sessão de Longa - O Trem do Soul, de Clementino JR + Coquetel (Centro Cultural Dr. José Nivaldo)

Cena do filme "Trem do Soul"

26 de abril - Sábado

9h: Encontro com realizadores de territórios periféricos (Auditório da Pousada Jucazinho)

19h30: Mostra Competitiva de curtas-metragem: "Quem Tem Medo de Afrosurrealismo", com júri popular (Centro Cultural Dr. José Nivaldo)

-Mira - Inédito - (PB, 2024, 17') de Sóllon Rodrigues
-Mergulhão (PE, 2024, 14’) de Rogi Silva e Juliana Soares
-Punhal (RJ, 2024, 11’) de Clementino Junior
-Firmina (SP, 2023, 15’) de Izah Neiva
-Aláfia – Inédito - (PB, 2025, 14’) de Cecilia Fontenele
-Mar de Dentro (PE, 2024, 8’) de Lia Letícia
-Dia de Preto (SP, 2023, 19’) de Beto Oliveira

27 de abril - Domingo

10h: Masterclass: Acessibilidade, com Liliana Tavares - Ver Ouvindo (Auditório da Pousada Jucazinho)

16h: Encerramento: Sessão Joia do Agreste, Resistência e Memória.

-Exibição de filme surubinense 'O martírio de Evandro', 1987, de Edvaldo Clemente, sobre o assassinato do líder sindicalista Evandro Cavalcanti + Consuella, de Alexandre Figueirôa
-Entrega do troféu Joia do Agreste ao Melhor Curta-metragem.

Documentário sobre Noé da Ciranda, do diretor João Marcelo, integra programação do 18º Curta Taquary

Filme destaca trajetória do mestre da cultura popular de Surubim e será exibido nesta sexta-feira (21), em Toritama

Da REDAÇÃO

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O documentário pernambucano Noé da Ciranda, dirigido por João Marcelo, está entre os 87 filmes selecionados para o 18º Curta Taquary, um dos mais importantes festivais de cinema do interior do Brasil. Natural da comunidade de Lagoa Queimada, em Surubim, Noé é reconhecido como um dos grandes mestres da cultura popular do Agreste, e sua história será exibida no festival nesta sexta-feira (21), em Toritama, reafirmando a importância da ciranda e das tradições populares da região.

O diretor João Marcelo, também natural de Surubim, volta a se destacar no cenário audiovisual com esta produção. Conhecido nacionalmente pelo premiado documentário Cabocolino, vencedor do Kikito no Festival de Gramado, João Marcelo terá outros dois curtas exibidos no Curta Taquary: Saudade da Minha Terra e Socorro & Mazé, programados para o encerramento do festival, no sábado (22), em Taquaritinga do Norte.

Com foco na valorização da cultura, educação e sustentabilidade, o Curta Taquary chega à sua 18ª edição, promovendo atividades em seis cidades do Agreste, desde o último dia 16, sempre com acesso gratuito. Além das exibições de filmes, a programação inclui oficinas formativas, apresentações culturais e ações de reflorestamento na bacia do Rio Capibaribe, onde serão plantadas 947 mudas — uma para cada filme inscrito.

A sessão que exibirá Noé da Ciranda acontece nesta sexta-feira (21), a partir das 9h, no Cine Aurélio, localizado na Rua João Pereira Tabosa, 152, no Centro de Toritama. Já os outros dois curtas de João Marcelo serão exibidos no sábado (22), a partir das 17h30, na Praça Central Padre Otto Sailer, em Taquaritinga do Norte. Toda a programação do festival é gratuita e aberta ao público.

Taquaritinga do Norte recebe oficina de Direção de Fotografia na área do audiovisual

Do BLOG DO ALBERES XAVIER

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Na última sexta-feira, 14 de março, em uma parceria da Imersão Filmes e Grêmio Musical Dom Luiz de Brito, foi realizada mais uma oficina visando à formação de novos produtores culturais. A Oficina de Fotografia com foco em Cinema, atraiu um bom público participativo, formado por crianças, jovens e adultos da cidade e zona rural do município.

O Conteúdo programático trouxe para as participantes noções da função de um Diretor de Fotografia no Cinema. Foram abordados a História da Fotografia no Cinema, a variedade de registros nos diversos gêneros cinematográficos, a equipe de Fotografia em uma produção e a importância dos conhecimentos técnicos de câmera e lentes, como também de o bom gerenciamento e direcionamento da luz em um Set de filmagens.

Esta é a terceira oficina realizada pela Imersão Filmes em conjunto com o Grêmio Dom Luiz de Brito, as anteriores, Oficina de Projetos Culturais, realizada em abril e a Oficina de execução de projetos culturais com foco na inscrição no Edital da lei Paulo Gustavo Municipal, realizada em outubro, ambas em 2024, renderam bons resultados.

Como o edital limitava a inscrição a pessoas acima de 18 anos, foram inscritos apenas seis projetos, deste total, foram selecionados cinco. Fato bastante comemorado pelos jovens produtores, como também pela direção do grêmio, tendo em vista que foi a primeira vez que esses novos produtores apresentaram seus projetos e consequentemente foram beneficiados com recursos de incentivo à cultura.

Todas as oficinas foram gratuitas, uma realização da Imersão Filmes, através do cineasta e produtor cultural João Marcelo, como forma de contrapartida ao Edital de Fomento do Audiovisual da LAB PE, Secretaria de Cultura, Fundarpe, Governo de Pernambuco, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Sean Baker, de 'Anora', se torna o maior vencedor de Oscars por um mesmo filme: 'Vitória do cinema independente'

Do METRÓPOLES - Beatriz Queiroz
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Sean Baker saiu vitorioso do Oscar 2025 e aproveitou para comemorar o reconhecimento do cinema independente. Anora, filme do qual ele é diretor, conquistou cinco dos seis prêmios em que foi indicado, incluindo Melhor Diretor e Melhor Filme. Segundo ele, essa é uma forma de celebrar projetos que não contam com orçamentos milionários.

"Tem sido uma grande tradição, nos últimos anos, filmes serem reconhecidos, e este ano há um lote tão bom de filmes. Para nós, estarmos nessa conversa este ano, com esses outros independentes maravilhosos, significa tudo", pontuou. Baker ressaltou que concorreu com produções que tem orçamento "literalmente quase cem vezes" maior que o de Anora — que custou USS$ 6 milhões e arrecadou mais de US$ 40 milhões.

"Entrar na mesma sala de um filme como Wicked (que teve custo estimado em US$ 150 milhões), um filme maravilhoso, mas totalmente diferente do nosso, significa que estamos fazendo algo certo", pontuou. Anora levou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz, com Mikey Madison. A única categoria em que a produção foi derrotada foi a de Melhor Ator Coadjuvante, que premiou Kieran Culkin por A Verdadeira Dor.

Ainda Estou Aqui recebe Oscar histórico, mas Fernanda Torres perde para Mikey Madison, de Anora

Do UOL
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Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres representaram o Brasil no Oscar 2025. A premiação aconteceu em Los Angeles, nos Estados Unidos, no domingo (2). O longa dirigido por Walter Salles venceu o prêmio de melhor filme internacional, mas perdeu a estatueta de melhor filme para Anora (2024). Já Fernanda foi derrotada por Mikey Madison, a protagonista de Anora, na categoria de melhor atriz. As três indicações são históricas para o Brasil. Em 97 edições, foi a primeira vez que uma produção brasileira entrou na categoria de melhor filme e venceu a estatueta de longa-metragem internacional.

Walter Salles, diretor do filme protagonizado por Fernanda Torres, subiu ao palco para receber o prêmio. "Muito obrigado em nome do cinema brasileiro. É uma honra tão grande receber isso desse grupo tão extraordinário de cineastas. Isso vai para uma mulher que depois de uma perda tão grande em um regime autoritário, decidiu não se dobrar e resistir. Esse prêmio vai para ela, Eunice Paiva [1929-2018]. E vai também para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", discursou Salles.

Ainda Estou Aqui dividiu a categoria de melhor filme internacional com A Garota da Agulha (Dinamarca), Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia). Já a intérprete brasileira disputava a estatueta com Cynthia Erivo (Wicked), Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez), Mikey Madison (Anora) e Demi Moore (A Substância).

Anora foi a maior surpresa da noite. O filme de Sean Baker levou cinco Oscar nas categorias de melhor filme, melhor atriz, melhor roteiro original, melhor direção, e melhor montagem. O Brutalista (2024) ficou com três vitórias, sendo melhor ator, melhor trilha sonora original, e melhor fotografia. Wicked (2024) e Duna: Parte Dois (2024) também foram destaques na premiação.