Do PODER360
charlesnasci@yahoo.com.br
O batom virou símbolo dos manifestantes que se concentraram na avenida Paulista para o ato a favor da anistia dos crimes de 8 de janeiro de 2023 neste domingo (6.abr.2025). O item ganhou até um pixuleco — grandes bonecos infláveis que se popularizaram nos atos pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016.
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O batom virou símbolo dos manifestantes que se concentraram na avenida Paulista para o ato a favor da anistia dos crimes de 8 de janeiro de 2023 neste domingo (6.abr.2025). O item ganhou até um pixuleco — grandes bonecos infláveis que se popularizaram nos atos pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016.
Trata-se de uma referência a Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira de 39 anos presa por pichar a estátua "A Justiça" com o item durante os atos extremistas de 8 de janeiro. Ela escreveu a frase "perdeu, mané" — a mesma que o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, disse a um manifestante que o questionou em novembro de 2022, em Nova York.
Débora está hoje em prisão domiciliar, depois de dois anos atrás das grades. A cabeleireira ainda está sendo julgada. Em seu voto, o relator Alexandre de Moraes pediu 14 anos de prisão para ela, pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.Bolsonaristas usam o caso de Débora para denunciar o que chamam de exagero nas penas impostas a quem participou da invasão da sede dos Três Poderes nos primeiros dias de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A gente tem que andar armada, não é? Em nome de todas as presas e das políticas desse país", disse ao Poder360 uma mulher que se identificou como Ágatha. A arma, segundo ela, era o batom que levava na mão.