FOLHA DE PERNAMBUCO - 11 de junho de 2010
O vereador Walter Borges (PMN) disse, ontem, que não teme a expulsão do partido, sob acusação de infidelidade partidária. O PMN entrará no Conselho de Ética, pedindo sua expulsão por conta do apoio declarado ao governador, Eduardo Campos (PSB), e não ao senador e pré-candidato a governador da oposição, Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Walter disse que “entre perder o mandato e votar em Eduardo”, prefere ficar ao lado do socialista. “Como vou subir no palanque de um candidato que nada fez por Casinhas, quando foi governador? Respeito Jarbas Vasconcelos, é um homem de bem, mas ele nunca plantou uma árvore em Casinhas”, argumentou o parlamentar.
Borges reconhece que a direção da legenda está no direito dela (de pedir a expulsão), porém mantém seus argumentos para defender sua posição. “O mandato pertence ao partido, mas quem me colocou na Câmara foi o povo. Vou recorrer, porque tenho esse direito. Mas não temo perder o mandato”, afirmou Walter. Ele disse ainda que, além de votar em Eduardo Campos, votará em Danilo Cabral (PSB) para deputado federal e Humberto Costa (PT) para o Senado.
O parlamentar fez questão de frisar que considera o presidente do PMN estadual, Silvio Barbosa, um “homem de bem e está fazendo o papel dele”. “Mas ele está no Recife e eu fico no Interior fazendo política. O povo vê o que Eduardo trouxe para Casinhas, como é que eu vou subir em outro palanque?”, questionou.
Suplente
Caso Walter Borges perca mesmo o mandato por infidelidade, o suplente Marcelo Andrade (PMN) espera ocupar a vaga na Câmara Municipal, mesmo sendo terceiro suplente da coligação formada no pleito de 2008. O primeiro é Manoel Barbosa (PSDB) e o segundo é o também tucano Nequinho. Andrade argumenta que o mandato pertence ao seu partido. Ele já avisou que apoiará a chapa majoritária defendida pelo PMN.
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