Rumo a 2012: Palácio sinaliza que, em Casinhas, poderá apostar no “rebelde” Walter Borges

O prestígio político de Walter junto ao governador foi demonstrado pela 1ª vez em abril do ano passado, por ocasião do ato que marcou a inauguração da Academia das Cidades e a assinatura ordem de serviço para construção da PE-102, quando Eduardo Campos foi recepcionado pelo vereador com um jantar em sua residência. Uma curiosidade: o nome do filho de Walter, Eduardo (na foto com a mãe, Jane), é uma homenagem do pai à 1ª vitória do socialista para governar o Estado, em 2006 (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação)

Após a divulgação dos resultados das apurações do 1º turno, que reelegeram o governador Eduardo Campos (PSB), o vereador Walter Borges (PMN) e o vice-prefeito Lamartine Leal (PSDB) dirigiram-se até o Recife a convite do deputado federal eleito Danilo Cabral (PSB) para participar de uma festa de comemoração reservada da Frente Popular de Pernambuco. A reportagem do +CASINHAS.com também esteve por lá e registrou de perto os "afagos" distribuídos por Eduardo para com o vereador de Casinhas (Foto: Charles Nascimento)

DA REDAÇÃO DO +CASINHAS.com

charlesnasci@yahoo.com.br

O PSB, partido presidido nacionalmente pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, já bateu o martelo: irá lançar candidatos a prefeito no maior número de municípios do Estado nas eleições de 2012.

Em Casinhas alguns nomes já começaram a despontar. A ex-prefeita Rosineide Barbosa e o ex-deputado estadual e ex-candidato a prefeito do município em 2004, José Augusto Farias (ambos filiados ao PSB), por exemplo, são dois fiéis aliados de Eduardo com prestígio para conquistar o seu apoio.

Mas um nome em especial, porém, parece mesmo ter conquistado a simpatia do governador: o vereador Walter Borges (PMN).

A reportagem do +CASINHAS.com acompanhou há poucos dias atrás a chegada em Caruaru da então candidata a presidente da República Dilma Rousseff (PT), que veio participar do seu último ato de campanha no Estado com uma carreata pelas ruas daquela cidade.

Na ocasião – minutos antes da chegada de Dilma –, Walter conseguiu estabelecer uma rápida conversa no saguão do Aeroporto Oscar Laranjeira com o governador Eduardo Campos e o presidente estadual do PSB, Milton Coelho. E a sucessão de 2012 em Casinhas, de acordo com o parlamentar, teria sido o assunto principal da conversa.

“Eduardo sinalizou que vê com muita simpatia a minha candidatura e prometeu avaliar todas as possibilidades para um eventual apoio ao meu nome. Já o Milton Coelho disse que as portas do PSB estão abertas para mim e que a legenda vai tratar com muito carinho este meu projeto político para 2012”, revelou Borges, admitindo que já está de malas prontas para migrar para o partido.

Amigo pessoal, compadre e principal aliado político do vereador no Estado, o deputado federal eleito Danilo Cabral (PSB) já prometeu que vai se empenhar pessoalmente na defesa e articulação da candidatura de Walter. Nos bastidores do Palácio do Governo, a propósito, ganham cada vez mais força os comentários de que Danilo será um dos quadros políticos mais influentes da 2ª gestão do governo Eduardo Campos.

PMN – Recentemente, o vereador Walter Borges se envolveu num polêmico embate político/partidário travado entre ele e o presidente estadual do PMN, Sílvio Barbosa, que ameaçou expulsá-lo da sigla e tomar-lhe o mandato caso o parlamentar de Casinhas votasse contra a orientação do partido, que apoiou a candidatura de Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao Governo do Estado nas eleições deste ano.

O caso chegou a render algumas matérias na FOLHA DE PERNAMBUCO. Em todas elas, o vereador rebelde afirmou que votaria em Eduardo Campos justificando que “jamais votaria em alguém (Jarbas, no caso) que quando governou Pernambuco durante oito anos nunca plantou uma semente sequer em Casinhas”.

Apesar de Silvio ter procurado a redação do jornal para informar a decisão do PMN e, de quebra, também apresentar o suplente que assumiria a vaga de Borges, Marcelo Andrade, até o presente momento o vereador sequer foi notificado pela sigla. A repercussão desse episódio, porém, parece que só beneficiou politicamente uma pessoa: Walter Borges.