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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dilma reserva mais verba a três Estados aliados. Repasses foram de R$ 401,2 milhões

Para o Governo de Pernambuco, comandado por Eduardo Campos (PSB), foram empenhados R$ 118,8 milhões desde janeiro (Foto: Internet)


DA FOLHA.COM


charlesnasci@yahoo.com.br


Três governadores próximos à presidente Dilma Rousseff são os campeões até agora de verbas reservadas pela União para obras e programas sociais. Levantamento da Folha mostra que o Planalto empenhou (ou seja, reservou para repasses futuros) 56% dos recursos definidos desde janeiro para Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Os Estados, comandados por aliados fiéis da presidente, já tiveram empenhados R$ 401,2 milhões. O valor supera a soma de todos os empenhos feitos para os outros 23 Estados e o Distrito Federal no mesmo período - R$ 311,9 milhões. Embora acene publicamente a setores da oposição, Dilma direcionou R$ 32,3 milhões aos dois Estados mais populosos do país, Minas Gerais e São Paulo, que são governados pelo PSDB.

O empenho de recursos é o primeiro passo na execução de uma despesa pública. Ao empenhar uma verba, o governo está sinalizando, na prática, que o dinheiro está garantido no Orçamento. A Folha levou em consideração apenas as chamadas transferências voluntárias aos órgãos do Executivo estadual, por meio de convênios, exclusivamente com recursos do Orçamento deste ano.

Os dados são acompanhados pela Consultoria de Orçamento da Câmara. O líder no ranking das transferências é a Bahia, governada por Jaques Wagner (PT), que já recebeu R$ 167,7 milhões em empenhos autorizados pelo Planalto. O petista ostentou prestígio na semana passada ao ser o único governador convidado a acompanhar a comitiva de Dilma Rousseff na visita oficial à China.

No caso da Bahia, os repasses federais envolvem obras como construção de cisternas e de estradas. Para o governo de Pernambuco, comandado por Eduardo Campos (PSB), foram empenhados R$ 118,8 milhões desde janeiro. O Rio de Janeiro, governado pelo também aliado Sérgio Cabral (PMDB), obteve a garantia de receber R$ 114,7 milhões dos cofres da União.