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quarta-feira, 8 de junho de 2011

O destino mais uma vez atropelou Palocci

DA FOLHA DE PERNAMBUCO (INALDO SAMPAIO)


charlesnasci@yahoo.com.br


Para quem acredita no destino, eis aí mais um prato feito. Pela segunda vez no espaço de apenas cinco anos, o médico Antonio Palocci Filho foi obrigado a deixar um cargo de ministro. No governo do presidente Lula, para cuja vitória deu uma notável contribuição, ajudando a redigir a histórica “Carta dos Brasileiros”, que acalmou o empresariado e sobretudo os mercados financeiros, foi demitido do Ministério da Fazenda. E, agora, no governo da presidente Dilma Rousseff, da chefia da Casa Civil.
 
A demissão do governo Lula só se deu depois que veio a público uma versão que o deixou muito mal na opinião pública, embora o STF o tenha inocentado: de que fora ele o responsável pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, segundo quem o ministro frequentava uma mansão num bairro nobre de Brasília para se encontrar com mulheres e lobistas de Ribeirão Preto. Palocci suspeitou que o caseiro havia recebido dinheiro do PSDB para denunciá-lo e acabou deposto.
 
O destino lhe deu uma nova chance de voltar para o ministério e desta vez muito mais forte, ainda: como chefe da Casa Civil, com poderes para decidir quem seria o quê no âmbito do governo federal. Mas aí o destino cruzou de novo o seu caminho e ele acabou sendo demitido, ontem, pela segunda vez, por ter protagonizado a primeira grande crise política do governo Dilma Rousseff. Por isso, ainda que ele próprio não acredite no destino, agora tem razões de sobra para começar a acreditar.