Da Folha de Pernambuco (Inaldo Sampaio)
charlesnasci@yahoo.com.br
Desde que foi anunciada, no governo Lula, sabia-se que a transposição do São Francisco era uma obra complexa e cara. Ela foi bombardeada por setores da mídia, especialmente do Sul e do Sudeste, que puseram em dúvida sua necessidade. E enfrentou a oposição de líderes políticos influentes como o ex-governador João Alves e o ex-deputado Osvaldo Coelho. E de técnicos respeitáveis da Fundação Joaquim Nabuco como o agrônomo João Suassuna, por exemplo. Mas está caminhando.
FBC descende de um clã político que é acostumado a enfrentar desafios e antes mesmo que a crise arrefecesse pôs a obra de novo pra funcionar (Foto: O Globo) |
A obra parou há cerca de 10 meses por falta de acordo entre o governo e as empreiteiras que a realizam. Eles exigiam aditivos contratuais acima do valor que a lei permite e o governo negou-se a concedê-los. Foi um prato feito para a mídia "do contra", que passou novamente a atacá-la e a responsabilizar o ministro Fernando Bezerra Coelho pela sua paralisação. A torcida para que ela não ê certo, especialmente do jornal "O Estado de São Paulo" é cada dia mais forte. Mas mesmo assim ela está indo.
Isso aumentou a responsabilidade do ministro FBC que esteve no centro de uma crise política durante três semanas por supostamente ter favorecido Pernambuco com verbas do seu ministério. Ele descende de um clã político que é acostumado a enfrentar desafios e antes mesmo que a crise arrefecesse pôs a obra de novo pra funcionar. Esteve em Sertânia há duas semanas para dar a ordem de serviço de dois lotes e ontem voltou a Cabrobó para anunciar a retomada de mais dois.