Por Marilene Firmo (Exclusivo para o Blog)*
charlesnasci@yahoo.com.br
Um dos principais problemas da Gestão Pública hoje é o fato de muitas pessoas estarem desempenhando uma função pública, mas sem terem consciência de que no Serviço Público o interesse público deve estar acima do interesse particular, e acontece justamente o contrário: o interesse particular é o que predomina. Muitos que estão na função de chefia, principalmente, seja qual for o grau de responsabilidade e de comandados, esquecem que não "são", apenas "estão", e o "estar" é passageiro.
Um dos principais problemas da Gestão Pública hoje é o fato de muitas pessoas estarem desempenhando uma função pública, mas sem terem consciência de que no Serviço Público o interesse público deve estar acima do interesse particular, e acontece justamente o contrário: o interesse particular é o que predomina. Muitos que estão na função de chefia, principalmente, seja qual for o grau de responsabilidade e de comandados, esquecem que não "são", apenas "estão", e o "estar" é passageiro.
Se apegam, se apossam e se consideram donos da verdade, do poder. Tem chefes que não conseguem entender o sentido da palavra diálogo, são extremamente autoritários e sempre se consideram com a razão. Esses são os mais perigosos para a Administração Pública, se constituem verdadeiras barreiras, entrave mesmo, e que por causa dessas pessoas as coisas não andam, ou seja, o setor público perde muito, por caminhar a passos lentos.
Tem mais um problema: como se concebe que no serviço público não haja interação entre os setores, se estão interligados uns aos outros? A falta de comunicação entre os setores decorre da falta de organização administrativa, aliás, da ausência de uma Gestão Democrática e responsável, onde cada setor se conscientize da sua importância e de sua responsabilidade. Mas a independência destes não deve significar individualismo, como frequentemente ainda acontece, já que, no fim, o trabalho de todos de forma independente, mas integrados, contribui para o desenvolvimento da gestão pública.
Tem mais um problema: como se concebe que no serviço público não haja interação entre os setores, se estão interligados uns aos outros? A falta de comunicação entre os setores decorre da falta de organização administrativa, aliás, da ausência de uma Gestão Democrática e responsável, onde cada setor se conscientize da sua importância e de sua responsabilidade. Mas a independência destes não deve significar individualismo, como frequentemente ainda acontece, já que, no fim, o trabalho de todos de forma independente, mas integrados, contribui para o desenvolvimento da gestão pública.
Todavia, muitas pessoas também não se conscientizam dessa realidade. Principalmente quem está há muito tempo na função pública fazendo as coisas de maneira ultrapassada, não concebe receber ideias, sugestões, orientações de outras pessoas, inclusive mais jovens às vezes; porque se consideram bastante experientes e não abrem mão de conhecimentos que, na maioria das vezes, não se validam mais. Pessoas com ideias obsoletas não deveriam estar mais na função pública, ao menos que se conscientizassem que devem se atualizar e acompanhar as mudanças do setor.
Outra coisa que é no mínimo absurda são os funcionários que se consideram indispensáveis, insubstituíveis (a maior ignorância de um ser humano está nisso), e que agem assim por consentimento de sua própria chefia, que os coloca nessa condição, e isso acaba se tornando um fato: na ausência destes, caso um servidor necessite de uma solicitação, corre o risco de não ser atendido e ter que voltar em outra oportunidade. Nesse caso, se concretiza o desrespeito ao direito das pessoas, no caso dos servidores, de não serem atendidos em suas necessidades no momento em que necessitam. Como pode isso acontecer, se estamos no século XXI, o século da informação sem fronteiras, principalmente da possibilidade de acessibilidade e transparência que deve permear a função pública?
E por falar em transparência, acredito que a burocratização é importante para que esta realmente aconteça. A burocratização, como exigência do setor público na prestação de contas, contribui para a transparência, mas acho que ainda há muito que melhorar, pois muitos agentes públicos ainda encontram brechas para driblar a lei e fraudar. Acredito mesmo na rigidez burocrática e na cobrança aos gestores públicos sobre a aplicação dos recursos que chegam. Mas a burocratização, com relação aos servidores, deveria ser diferenciada, de forma que estes fossem atendidos no menor tempo possível. Não é uma utopia, é algo que pode se concretizar. Enfim, todos os problemas da Administração Pública podem ser solucionados quando o interesse público estiver acima do interesse particular, enquanto isso, quem já tem consciência, faça a sua parte.
"Não se iluda, pois no universo existe a Lei da Ação e Reação. Tudo o que fizermos hoje terá uma consequência amanhã, porque podemos enganar aos homens, mas não a Deus".
Outra coisa que é no mínimo absurda são os funcionários que se consideram indispensáveis, insubstituíveis (a maior ignorância de um ser humano está nisso), e que agem assim por consentimento de sua própria chefia, que os coloca nessa condição, e isso acaba se tornando um fato: na ausência destes, caso um servidor necessite de uma solicitação, corre o risco de não ser atendido e ter que voltar em outra oportunidade. Nesse caso, se concretiza o desrespeito ao direito das pessoas, no caso dos servidores, de não serem atendidos em suas necessidades no momento em que necessitam. Como pode isso acontecer, se estamos no século XXI, o século da informação sem fronteiras, principalmente da possibilidade de acessibilidade e transparência que deve permear a função pública?
E por falar em transparência, acredito que a burocratização é importante para que esta realmente aconteça. A burocratização, como exigência do setor público na prestação de contas, contribui para a transparência, mas acho que ainda há muito que melhorar, pois muitos agentes públicos ainda encontram brechas para driblar a lei e fraudar. Acredito mesmo na rigidez burocrática e na cobrança aos gestores públicos sobre a aplicação dos recursos que chegam. Mas a burocratização, com relação aos servidores, deveria ser diferenciada, de forma que estes fossem atendidos no menor tempo possível. Não é uma utopia, é algo que pode se concretizar. Enfim, todos os problemas da Administração Pública podem ser solucionados quando o interesse público estiver acima do interesse particular, enquanto isso, quem já tem consciência, faça a sua parte.
"Não se iluda, pois no universo existe a Lei da Ação e Reação. Tudo o que fizermos hoje terá uma consequência amanhã, porque podemos enganar aos homens, mas não a Deus".
*Marilene Firmo, jornalista, cursando Especialização em Gestão Pública
PS - Só um recado, como sempre atrasado, pros leitores: Marilene havia fechado com nosso Blog pra ficar assinando uma coluna semanal às segundas, mas, infelizmente, precisou adiar a 'coisa' para imergir em um concurso do Senado Federal. Mas prometeu continuar colaborando, como agora (e sempre que possível), com este espaço. Boa sorte, minha querida!