Do Blog de Magno Martins
charlesnasci@yahoo.com.br
"Estamos diante de uma realidade científica. Estamos nos aproximando de um cinturão de fótons." É assim que o prefeito de São Francisco de Paula (RS) começa sua explicação sobre o que ele afirma que irá ocorrer em 21 de dezembro de 2012 (o fim do mundo, segundo os maias). Enquanto a data não chega, Décio Colla (PT) -um médico de 67 anos e três mandatos- tem pedido aos 20 mil habitantes que guardem alimentos, remédios, combustível e lenha (a cidade, a 907 metros de altitude, é uma das mais frias da serra gaúcha).
Para o prefeito, o Brasil pode sofrer com um tsunami por estar entre as placas tectônicas sul-americana e africana. Temerosos, alguns moradores começam a montar um kit de sobrevivência. O próprio prefeito encomendou uma quantia extra de merenda escolar e remédios com verbas do orçamento. Na área rural, um agricultor conta que guarda alimentos. Mas nem todos levam a previsão a sério. "Ele [prefeito] quer desviar a atenção porque roubou milhões", diz outra moradora, referindo-se a duas ações civis públicas abertas pelo Ministério Público Federal por suspeita de improbidade administrativa. (Imagem: Reprodução)
"Estamos diante de uma realidade científica. Estamos nos aproximando de um cinturão de fótons." É assim que o prefeito de São Francisco de Paula (RS) começa sua explicação sobre o que ele afirma que irá ocorrer em 21 de dezembro de 2012 (o fim do mundo, segundo os maias). Enquanto a data não chega, Décio Colla (PT) -um médico de 67 anos e três mandatos- tem pedido aos 20 mil habitantes que guardem alimentos, remédios, combustível e lenha (a cidade, a 907 metros de altitude, é uma das mais frias da serra gaúcha).
Para o prefeito, o Brasil pode sofrer com um tsunami por estar entre as placas tectônicas sul-americana e africana. Temerosos, alguns moradores começam a montar um kit de sobrevivência. O próprio prefeito encomendou uma quantia extra de merenda escolar e remédios com verbas do orçamento. Na área rural, um agricultor conta que guarda alimentos. Mas nem todos levam a previsão a sério. "Ele [prefeito] quer desviar a atenção porque roubou milhões", diz outra moradora, referindo-se a duas ações civis públicas abertas pelo Ministério Público Federal por suspeita de improbidade administrativa. (Imagem: Reprodução)