Do UOL (Simone Cunha)
charlesnasci@yahoo.com.br
Apesar da evolução dos tempos, homens ainda diferenciam mulheres para se divertir e mulheres para casar. E essa diferença existe em uma proporção significativa. "Há sequelas de uma sociedade patriarcal e muitos valores perduram", afirma o psicólogo Thiago de Almeida, especializado no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso. Para a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), isso ocorre porque os valores demoram muito a mudar, apesar dos comportamentos serem alterados mais rapidamente. "Há uma valorização do marido, que em nossa cultura é visto como um capital", diz Mirian. "Isso faz com que o comportamento sexual feminino seja muito controlado socialmente. Ou seja, a honra masculina ainda está vinculada ao controle do comportamento sexual de suas mulheres".
O terapeuta Sergio Savian diz que boa parte das mulheres ainda leva em consideração o que os homens pensam delas. "Elas estão preocupadas com o que todos pensam. Aprenderam com suas mães e avós que não podem ser fáceis. Também não querem ser alvo de fofocas maldosas", diz Savian. Para Mirian, tudo isso é reflexo de uma cultura religiosa. "A família é vista como alicerce da vida social. Observei que em culturas mais individualistas como na Alemanha e na Suécia, por exemplo, essa desigualdade de gênero não é tão forte", diz a antropóloga.
Sociedade de valores antigos - Por conta desse pudor, as mulheres omitem que tiveram muitos parceiros, mentem sobre o próprio desejo, fingem ter orgasmos. Para o psicólogo Thiago de Almeida, esse é um processo natural que reflete o quanto a sociedade ainda está enraizada aos valores antigos. "Mulheres costumam dizer que tiveram menos homens. Se tiveram dez relacionamentos, falam que tiveram apenas cinco. Já os homens, se tiveram três, afirmam ter tido dez", diz Almeida.
Apesar da evolução dos tempos, homens ainda diferenciam mulheres para se divertir e mulheres para casar. E essa diferença existe em uma proporção significativa. "Há sequelas de uma sociedade patriarcal e muitos valores perduram", afirma o psicólogo Thiago de Almeida, especializado no tratamento das dificuldades do relacionamento amoroso. Para a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), isso ocorre porque os valores demoram muito a mudar, apesar dos comportamentos serem alterados mais rapidamente. "Há uma valorização do marido, que em nossa cultura é visto como um capital", diz Mirian. "Isso faz com que o comportamento sexual feminino seja muito controlado socialmente. Ou seja, a honra masculina ainda está vinculada ao controle do comportamento sexual de suas mulheres".
O terapeuta Sergio Savian diz que boa parte das mulheres ainda leva em consideração o que os homens pensam delas. "Elas estão preocupadas com o que todos pensam. Aprenderam com suas mães e avós que não podem ser fáceis. Também não querem ser alvo de fofocas maldosas", diz Savian. Para Mirian, tudo isso é reflexo de uma cultura religiosa. "A família é vista como alicerce da vida social. Observei que em culturas mais individualistas como na Alemanha e na Suécia, por exemplo, essa desigualdade de gênero não é tão forte", diz a antropóloga.
Sociedade de valores antigos - Por conta desse pudor, as mulheres omitem que tiveram muitos parceiros, mentem sobre o próprio desejo, fingem ter orgasmos. Para o psicólogo Thiago de Almeida, esse é um processo natural que reflete o quanto a sociedade ainda está enraizada aos valores antigos. "Mulheres costumam dizer que tiveram menos homens. Se tiveram dez relacionamentos, falam que tiveram apenas cinco. Já os homens, se tiveram três, afirmam ter tido dez", diz Almeida.
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