"O avanço de Eduardo foi impulsionado, não há menor dúvida, pelo arrastão Marina, quebrando, assim, um velho tabu de que voto e prestígio não se transferem" (Foto:Reprodução) |
Do Blog de Magno Martins
charlesnaci@yahoo.com.br
Ao subir de oito para 15 pontos percentuais na pesquisa Datafolha, o pré-candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, deixou o Planalto com os nervos à flor da pele. Foi um salto e tanto! O levantamento foi a campo na semana seguinte ao acordo com a ex-senadora Marina Silva e não mediu a repercussão do programa eleitoral do PSB, quinta-feira passada, que apresentou em rede nacional de TV e rádio o maior casamento eleitoral e político do ano.
O avanço de Eduardo foi impulsionado, não há a menor dúvida, pelo arrastão Marina, quebrando, assim, um velho tabu de que voto e prestígio não se transferem. A associação do eleitor ao nome de Eduardo com Marina tende a ser muito mais forte e permanente a partir de agora, porque os dois sempre estarão juntos seja cruzando o País em campanha, seja principalmente na televisão.
O fato de ter aparecido, mais uma vez, com mais gordura nas pesquisas, Marina prova que tem um eleitorado cativo, um expressivo e invejável capital eleitoral. Ao comentar a subida de Eduardo, Marina comemorou o fato de ele ter dobrado as intenções de voto em apenas uma semana. Por isso mesmo, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula devem ter tomado um susto. Motivos para apreensão existem e são perceptíveis.
Eduardo é o fato novo e vem se apresentando como tal numa estratégia que começa a dar certo e pode levá-lo ao segundo turno. Aécio Neves, que tem muito mais estrada do que Eduardo, continua em segundo, mas está cada vez mais desidratado eleitoralmente por fadiga de material e ter seu nome associado ao passado do neoliberalismo da era Fernando Henrique Cardoso, o que só atrapalha o senador tucano. O jogo está só começando e tende a ser empolgante.