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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Universitários de Casinhas comentam insegurança causada pela greve da PM nas ruas do Recife

Foto: Facebook/Reprodução
Da redação
charlesnasci@yahoo.com.br

Conversei ainda há pouco, por telefone, com o estudante de Direito na Faculdade Joaquim Nabuco, Rodolfo Gomes Barbosa (foto), que é natural aqui do município de Casinhas, e ele comentou sobre o caos que tomou conta das ruas do Recife por conta da greve do policiais militares em Pernambuco.

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"Sem nenhum exagero, a situação está muito complicada, horrível mesmo aqui na Capital. As aulas foram suspensas nas escolas, faculdades e universidades, o comércio fechou por completo, Recife parece que está vivendo um estado de sítio. Eu vivo há mais de 17 anos aqui no Recife, mas estou todos os finais de semana aí no Catolé de Napoleão, e posso te dizer com convicção: eu nunca vi situação parecida em toda a minha vida", contou o estudante, que para frequentar a faculdade se hospeda durante a semana na casa dos pais, no bairro da Encruzilhada, próximo à Cruz Cabugá.

Mantive contato ainda com a estudante Maiara Lima, que também é natural aqui de Casinhas, mas atualmente está morando no Recife, onde cursa Espanhol na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ela me disse que "o clima é muito tenso, de muita apreensão e medo. Por esse motivo, a reitoria da UFPE decidiu que todas as aulas que comecem após as 17h serão suspensas até que a greve da PM chegue ao fim".

Segundo informações do portal G1, uma comissão independente de PMs iniciou a paralisação na noite da última terça-feira (13) e decidiu manter a mobilização na noite de quarta (14), após reunião com líderes do governo e representantes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Nem o governo do estado nem o movimento grevista precisaram quantos PMs aderiram à paralisação.

Um dos representantes dos PMs, soldado Joel Maurino, afirmou que a paralisação foi mantida porque não foi fechado acordo quanto ao aumento de 50% no salário-base, uma das reivindicações da categoria. O grupo envolvido na mobilização também pleiteia, entre outros pontos, aumento do vale-refeição e estruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) da corporação. O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), solicitou na quarta-feira (14) a ajuda dos homens da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército para substituir os PMs grevistas. As tropas começaram a desembarcar na madrugada desta quinta (15) e já estão nas ruas fazendo policiamento ostensivo.